O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lançou nesta segunda-feira (4) o Plano de Ação na Segurança (PAS) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2), em Vitória. O governador Renato Casagrande (PSB), correligionário de Dino, participa dos lançamentos, que pretende reforçar o aparelho de repressão estatal.
Segundo dados do governo, o PAS prevê a transferência de um montante superior a R$1 bilhão aos estados e o Distrito Federal, para melhorar as condições das polícias, reprimir o povo. Além do PAS, o Pronasci 2 tem como meta distribuir R$ 170 milhões para 24 estados mais o Distrito Federal, e isto -não custa lembrar – no país com uma das maiores populações carcerárias do planeta e onde as forças de repressão são as principais responsáveis pelos assassinatos por armas de fogo, conforme dados anualmente atualizados do Anuário da Segurança Pública.
O setor da segurança pública, não custa lembrar, é onde se localiza uma das mais numerosas e ativistas bases sociais do bolsonarismo, que Flávio Dino diz combater. Suas ações, no entanto, revelam que são muito pequenas as diferenças entre o ministro e outros carrascos direitistas que ocuparam a pasta, como o atual senador Sérgio Moro (Podemos-PR) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.