A Imprensa golpista e seus lacaios não param de querer inventar razões para convencer a população de que a internet precisa ser censurada.
Dessa vez o jornal Folha de S.Paulo traz uma matéria em que uma servidora do Ministério da Justiça, a advogada e assessora de direitos digitais, ligada ao Ministério da Justiça,stela Aranha, relembra conversas que teve com funcionários da plataforma Twitter durante a invasão do Palácio do Planalto por bolsonaristas no dia 8 de janeiro.
Para a funcionária, que visualizou tuítes de apoiadores de Jair Bolsonaro na plataforma,nos quais divulgavam a intenção de ir até Brasília causar tumulto, aqueles tuítes tratavam se nada mais nada menos do que “tuítes golpistas” e que deveriam haver sido censurados imediatamente pela plataforma…
Estela diz na matéria que entrou em contato com os funcionários da empresa que se recusaram a censurar massivamente as postagens informando- a de que o máximo que poderiam fazer era analisar denúncias caso a caso, o que teria deixado a advogada indignada…
“Tem que ser política da plataforma… Como foi no Capitólio (fazendo referência à invasão do Congresso nos EUA em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do ex-presidente Donald Trump insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial que dera vitória ao candidato do partido democrata Joe Biden)… Não é uma questão de denúncia individual”. Disse.
Além disso, a matéria traz ainda a declaração de Yoel Roth, ex -funcionário da rede social, para quem a invasão dos bolsonaristas em Brasília, foi, com toda certeza, culpa do Twitter….
“Olhando para o que aprendemos ao longo dos anos sobre segurança eleitoral e a possibilidade de violência ser estimulada pelas redes sociais, eu me preocupei com o cenário eleitoral no Brasil, com o segundo turno, com o que aconteceria se as pessoas convocassem protestos, dado o uso que Bolsonaro fazia do Twitter e de outras redes sociais para atacar a corte eleitoral.”, disse Roth.
A matéria continua então, dessa vez em um tom indignado com Elon Musk (atual dono do Twitter, hoje X) que em uma reunião com integrantes do Ministério da Justiça e da Secretária de Comunicação do Governo, na qual teria sido lido para ele trecho do regulamento do Twitter no qual se indica ser proibido “incitar conduta ilegal para impedir a implementação de resultados das eleições” em postagens no Twitter e solicitado que ele se comprometesse com a censura em massa a esse tipo de postagem.
Musk teria ignorado a reclamação e afirmado compromisso com a liberdade de expressão e dito que o máximo que poderia fazer seria continuar examinando o conteúdo das postagens caso a caso e que continuaria fazendo isso ainda que no Brasil haja um incontestável excesso judicial nas punições feitas às redes sociais.
É preciso dizer que Elon Musk está, nesse caso, absolutamente correto. É uma posição absurda querer que as redes sociais sejam censuradas sempre que, sabe-se lá quem, entender que haja “excessos” na forma de se exprimir. E na prática inviabilizaria a própria existência das redes sociais, daí a razão da recusa de censurar massivamente, inclusive por parte de um direitista como Elon Musk.
A invasão ao Palácio do Planalto não tem que ser creditada na conta das redes sociais, mas sim na absoluta incompetência do Ministério da Justiça encabeçado pelo direitista Flávio Dino e ao absoluto conluio das forças armadas,cuja polícia simplesmente assistiu os bolsonaristas “fazerem a festa” sem mover um dedo para impedir a invasão o que teria sido com toda certeza muito diferente se tratasse de um ato dos movimentos populares.
Se essa forma de censura for apoiada e aplicada contra os bolsonaristas, com toda certeza, nada, absolutamente nada, poderá impedir que a mesma censura seja aplicada a todo e qualquer outro cidadão inclusive de esquerda.