No dia 29 de agosto de 1993, a favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro, foi devastada por uma chacina promovida por elementos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o que resultou na morte de 21 pessoas. Um total de 36 homens encapuzados adentraram a favela de Vigário Geral, que fica na Zona Norte do Rio de Janeiro. Invadindo e arrombando casas de populares, os fardados executaram 21 pessoas.
O crime ocorreu como forma de retaliação à morte de quatro policiais militares no bairro de Vigário Geral no dia anterior. Como de costume, a PM procura se vingar dessas ocorrências reprimindo a população pobre. Dos 21 assassinados, nenhum tinha envolvimento com o tráfico de drogas. E, mesmo que tivessem, a execução de morte não é prevista na Constituição Federal, de modo que a chacina não se justifica. Boa parte das famílias das vítimas sequer foram indenizadas pelo Estado.
Esse é mais um caso de repressão policial no Brasil. A polícia (militar ou civil) nada mais é do que um grupo de extermínio comandada pelo Estado cujo objetivo é aterrorizar a população pobre do Brasil.
Muito se discute meios para “controlar” a violência da PM nas favelas e bairros suburbanos, mas acontece que não há como haver controle disso se o papel número um da polícia é massacrar os trabalhadores. A burguesia impõe essa tarefa à PM, então não se pode esperar que ela própria limite a violência policial.
O fim das organizações policiais é uma urgência no Brasil. A população não pode mais ficar à mercê de sanguinários que, mesmo 30 anos após o ocorrido em Vigário Geral, continuam a promover massacres nos bairros pobres. Não apenas no Rio, mas no Brasil, como visto recentemente no estado de São Paulo, na Bahia, no massacre de índios no Mato Grosso do Sul e em toda nação.