As sanções econômicas impostas pelo Imperialismo norte americano e seguidas a contragosto pela Europa contra a Rússia desde o início da operação especial russa contra a Otan na Ucrânia, diferente do que era esperado pelo chamado “Ocidente” (um jeito despolitizado de se referir ao imperialismo) não levou o país comandado por Putin à bancarrota, mas serviu apenas e tão somente para estreitar os laços entre Rússia e China.
Segundo balanço apresentado pelo importante porta-voz do Imperialismo, o jornal The Wall Street Journal, Pequim tornou-se a principal fornecedora da Rússia de produtos variados, incluindo os necessários para o esforço de guerra como microchips e escavadoras de trincheiras, mas não só.
A China é hoje também o principal importador para a Rússia de produtos como automóveis e equipamentos eletrônicos, alimentos, tabaco, smartphones, metais, entre outros, totalizando cerca 50% do total de importações feitas pela Rússia esse ano, o que equivale a um acréscimo de pelo menos 25% em relação ao que era importado antes do conflito entre Rússia e Otan, segundo estimativas do instituto de Economias Emergentes do Banco da Finlândia. Além de fornecedora, a China é hoje também a mais importante compradora do petróleo e gás russos.
O laço entre os dois países representa uma verdadeira trincheira contra as investidas do Imperialismo que não cessa de investir na derrocada da crescente autonomia de ambos. No caso da China, o estreitamento de laços com a Rússia foi importante para superar a diminuição da demanda do Ocidente, devido à crescente crise econômica, pelos seus produtos. Este ano o total das exportações chinesas caíram 5 %, entretanto as exportações para a Rússia aumentaram cerca de 73 %.
Devido a demanda russa, por exemplo, a China este ano veio a tornar-se a maior exportadora de veículos automotores do mundo.
Apenas nos últimos sete meses o comércio entre Rússia e China foi ampliado em cerca de 36% em relação ao ano anterior, perfazendo um total de 134 bilhões de dólares. Essa movimentação coloca a Rússia entre os maiores parceiros comerciais da China, atrás apenas de Taiwan e da Austrália.
Essa tendência de independência dos países emergentes em relação ao Imperialismo deve ampliar se com o fortalecimento do grupo dos BRICS, que inclui o Brasil.
Porém o Imperialismo não ficará parado olhando o resto do mundo tentando se descolar da sua ditadura. Haverá uma reação e é por isso que se deve preparar a população desses países para a defesa da sua autonomia.