Na última semana, entrou em vigor um reajusto médio de 11% nas tarifas da distribuidora Equatorial PA. Com isso, a população do Pará passará a ter a maior tarifa residencial de energia elétrica do País, com um preço por kWh de R$0,96, sem contar com impostos a taxa de iluminação pública. Enquanto isso, a média nacional é de R$0,72 por kWh.
A Equatorial Pará é resultado da privatização da antiga Celpa (Centrais Elétricas do Pará), em 2012, atendendo a 2,9 milhões de unidades. Cabe ressaltar que o estado tem um dos maiores índices de perda de energia do País. De acordo com a empresa, a justificativa do preço exorbitante seria “a logística e os custos para operação, manutenção e expansão da rede elétrica”, que seriam “muito mais altos e desafiadores que nos outros Estados”.
O caso mostra, mais uma vez, como a privatização serve para encher o bolso da burguesia, obrigando o povo a pagar preços abusivos por um serviço péssimo. Os trabalhadores paraenses devem fazer uma ampla mobilização pela reestatização da companhia e tomar o que é deles por direito.