Participamos nesta sexta (dia 25), representando o PCO, da mesa de abertura do 16º Congresso da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CEUT-SP), nos dias que antecedem o aniversário de 40 anos da fundação da CUT, única central criada como parte do maior ascenso das lutas operárias da história do Brasil.
A mensagem dirigida pelo nosso Partido e pela nossa Corrente Central aos delgados e sindicalistas neste momento, destaca a necessidade de denunciar, dentre outros, dois pontos centrais dos ataques da direita contra os trabalhadores e suas organizações, nos últimos dias.
Primeiro a sórdida campanha que a burguesia está realizando contra a proposta do governo Lula de recriar a contribuição sindical; campanha que tem como um dos seus principais alvos a CUT e seus sindicatos combativos.
Os capitalistas, sua imprensa e seus partidos, que sempre atacaram a CUT, os sindicatos, defenderam o golpe de Estado e as famigeradas “reformas” golpistas, como a trabalhista, querem – a todo custo – impedir que o governo revogue – ainda que parcialmente – aspectos da “reforma” trabalhista que destruiu a CLT (Consolidação das Leis Trabalhista) e lançou o País, no período dos piores retrocessos de toda a história da classe trabalhadora brasileira.
A propaganda da direita contra a contribuição visa pressionar o Congresso Nacional, tão ou mais reacionário do que aquele que votou a “reforma” trabalhista contra os trabalhadores.
Por isso, defendemos que é preciso lançar mão da arma mais poderosa de que dispõe a CUT e os sindicatos, a mobilização dos trabalhadores. Realizar uma campanha de esclarecimento dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, em defesa dos sindicatos como instrumento fundamental para lutar pelas reivindicações mais sentidas dos trabalhadores, junto com a defesa de reivindicações que unifiquem os trabalhadores, tais como a defesa da reposição das perdas salariais, de redução da jornada de trabalho etc.
Em segundo lugar, destacamos, o fato de que na mesma semana em que o presidente Lula se posicionou para todo o mundo, na Cúpula dos BRICS, contra o “neocolonialismo verde”, ou seja, contra o uso, pelos imperialistas, do pretexto da preservação ambiental para impor limites ao desenvolvimento dos países pobres, e logo após a AGU (Advocacia Geral da União), emitiu Parecer favorável à Petrobras e ao MME (Ministério de Minas e Energia) sobre o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas; essa política de interesses dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro foi, mas uma vez torpedeada por vários setores da direita golpista, pró-imperialista, incluindo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, aliada de longa data dos especuladores internacionais, como George Soros, e dos “neocolonizadores verdes”.
Defendemos que a CUT, a FUP (federação dos petroleiros), todos os sindicatos e toda a esquerda devem se posicionem contra esta verdadeira traição aos interesses nacionais e se unam para enfrentar os “neocolonizadores”; realizando já uma ampla campanha nacional pela exploração de 100% do nosso petróleo; que o “ouro negro” e todas as demais riquezas minerais do País sejam nacionalizadas para garantir recursos para a Saúde, Educação Moradia, etc. e que a Petrobrás seja estatizada, sob o controle dos trabalhadores.
E que Marina Silva e todos os que se opõe à política do governo nesta questão fundamental e que agem como verdadeiros traidores dos interesses do povo trabalhador brasileiro sejam colocados para fora do governo.