Nesta quinta-feira (24), na declaração final da 15ª Cúpula dos BRICS, foi anunciado o ingresso de seis países ao bloco: Argentina, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia. Eles farão parte dos BRICS a partir de janeiro do ano que vem.
Essa é a maior ampliação do bloco desde que foi criado, em 2009, e a primeira vez que novos países ingressam nos BRICS desde que a África do Sul passou a fazer parte deste em 2011, há 12 anos. Com isso, o grupo passa a ter 11 membros, com forte presença, também inédita, no Oriente Médio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que, agora, os BRICS passam a ter um alcance combinado de 35% do PIB mundial em paridade do poder de compra, além de 46% de toda a população do globo. “Nossa diversidade fortalece a luta por uma nova ordem, que acomoda a pluralidade econômica, geográfica e política do século XXI”, disse Lula.
Dezenas de outros países haviam manifestado interesse em entrar no bloco, tanto de maneira oficial como extraoficial. Nesse sentido, Lula deixou claro que o bloco permanecerá aberto para ampliações futuras, algo que deve acontecer nos próximos anos.
A admissão dos novos membros aponta para a tendência de união dos países oprimidos para sobreviver frente à ditadura mundial do imperialismo. Atenção especial deve ser dada à Arábia Saudita e ao Egito, países que são há tempos pontas de lança da política do imperialismo sobre o Oriente Médio e o norte da África.
No último ano, esses países vêm mostrando um progressivo afastamento em relação aos Estados Unidos, em especial a Arábia Saudita, que retomou relações diplomáticas com o Irã, inimigo mortal dos EUA e, outrora, nação inimiga dos sauditas. Frisa-se que tal reaproximação fora mediada pela China.
Agora, com a sua admissão e a do Egito aos BRICS a ditadura imperialista, em especial no Oriente Médio tende a sofrer um duro golpe, enfraquecendo ainda mais o imperialismo, abrindo caminho para que outros países oprimidos busquem sua independência nacional.