Não tendo mais o que privatizar no Rio de Janeiro, a direita mira agora o Jardim de Alah, parque na divisa entre dois dos mais icônicos bairros cariocas: Ipanema e Leblon. A região do parque engloba as praças Almirante Saldanha da Gama (do lado da praia), Grécia (do lado da lagoa Rodrigo de Freitas) e praça Paul Claudel. Através de participação público privada, o Consórcio Rio + Verde ( formado pela Accioly Participações, Grup DC SET, Opy e Pepira)prevê investimentos de R$85 milhões na suposta revitalização do Parque, ganhando em troca o direito administrar o Jardim de Alah por 35 anos.
O Grup DC SET é uma empresa de marketing, eventos e promoções. Pepira é o mesmo nome da empresa que era responsável pela gestão do Estádio do Engenhão. Finalmente, a líder do consórcio, Accioly Participações, é da propriedade do empresário Alexandre Accioly, ligado a Aécio Neves e dono de várias empresas, sendo a mais conhecida, a rede de academias Bodytech.
A privatização do parque segue um padrão verificado em São Paulo, com a privatização do Vale do Anhangabaú, e coloca às claras como a sanha dos grandes capitalistas por se apropriar de tudo o que é do povo desconhece o sentido de limites. Só a força de uma grande mobilização pelo fim das privatizações e reestatização de tudo o que foi privatizado por colocar um fim a esta verdadeira pirataria cometida contra o povo brasileiro.