A Secretaria estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) desfere mais um duro golpe contra os profissionais da educação do Estado. Inúmeros professores e outros servidores relatam que não receberam a restituição dos valores descontos pelo governo durante a greve, mesmo após a realização da reposição acordada com o fim da greve. Os trabalhadores da educação denunciam que, após repor as horas de paralisação, ou não receberam o valor integral que foi descontado ou nem mesmo receberam qualquer restituição. Um verdadeiro roubo que o governo pratica contra a categoria.
A categoria entrou em greve em 17 de maio e permaneceu até o dia 29 de junho, a reinvindicação principal era o pagamento do piso salarial, pouco mais de 4 mil reais, que o governo ilegalmente não paga. O desembargador Ricardo Cardozo, presidente do Tribunal de Justiça do Rio, determinou que a paralisação era ilegal, estabelecendo pesada multa contra os professores e demais trabalhadores da educação, um exemplo de como o estado age contra os direitos dos trabalhadores. O judiciário vem cassando o direitos de greve a revelia da lei contra todas as categorias, um direito quase extinto no Brasil.
Com a determinação absurda do judiciário, o governo passou a descontar o dia dos trabalhadores em greve por cerca de 10 dias, tempo que durou a greve após a decisão arbitraria do TJ do Rio, que atenta contra esse direito sagrado na Constituição Federal. A paralisação acabou sendo interrompida no dia 29 de junho, não bastasse a absurda decisão judicial, um absurdo ainda maior aconteceu, a reposição das horas de greve. A paralisação da categoria é um direito constitucional e os dias de greve não devem ser pagos, ainda mais quando se exige o cumprimento da lei. No entanto, o governo descontou uma parte dos dias dos trabalhadores e os restituiu por meio de reposição, período a mais que o trabalhador permanece trabalhando.
Contudo, o governo do bolsonarista Cláudio Castro simplesmente não pagou os valores referentes ao período de reposição dos dias parados. É preciso exigir o imediato pagamento integral da reposição já, além de uma ampla campanha a nível nacional de todos os sindicatos e de toda a classe trabalhadora em defesa do direito de greve, o qual está sendo pisoteado e vilipendiado pelo judiciário brasileiro em favor dos patrões. São tarefas imediatas do movimento operário.