Ariovaldo Moreira, advogado de Walter Delgatti Neto, afirmou, nesta sexta-feira (18), que o hacker busca redução de pena com as revelações feitas à CPMI do 8 de Janeiro sobre Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
“O Walter, desde o início, fala a verdade. Com relação ao relacionamento com Bolsonaro e os ministros, foi opção do Walter, ele quis trazer isso [à CPMI]. Claro que ele busca um abrandamento de pena“, disse Ariovaldo.
O Hacker da Lava Jato está prestando um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na sede da instituição em Brasília. Ele já havia sido ouvido na quarta-feira (16).
Tendo em vista o fato de que o setor mais poderoso da burguesia brasileira vem desatando uma ferrenha perseguição política contra Bolsonaro, a fim de de tirá-lo da cena política para abrir espaço para a 3ª via, deve-se olha de forma crítica as declarações sobre Bolsonaro que Delgatti deu na CPMI do 8 de janeiro.
Sendo elas verdadeiras ou não, o que se deve ter em mente é que o instituto da delação premiada é, em sua própria essência, incompatível com a natureza das provas testemunhais.
Afinal, um testemunho só pode ser válido se for feito por livre e espontânea iniciativa, o que não é possível com a delação premiada. Como seu próprio nome diz, o testemunho é recompensado com um prêmio.
É um instituto jurídico que jamais deveria ser permitido em um “Estado Democrático de Direito”. No Brasil é permitido, pois, apesar de toda a propaganda, não há nenhuma democracia por essas bandas.