Maria Bernadete Pacífico, líder do Quilombo Pitanga dos Palmares e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho (BA), foi assassinada na noite dessa quinta-feira (17).
Ela, junto a seus familiares, foi feita de refém e, então, executada a tiros.
Cabe ressaltar que seu filho foi assassinado há quase seis anos. A suspeita é de que o mesmo grupo que o matou, tenha matado ela.
Conforme relatou seu outro filho, em julho Maria Bernadete teve um encontro com a ministra do STF Rosa Weber, ocasião em que relatou estar sendo alvo de ameaças. Requereu proteção. Contudo, pelo visto para o STF proteger quilombolas contra o latifúndio e seus pistoleiros não faz parte da defesa da democracia e do “Estado Democrático de Direito”.
Veja a declaração de Wellington Pacífico:
“Ela falou, pediu por mais segurança e eu estava presente no dia. Nós somos perseguidos, as nossas lideranças são mortas. Eu perdi meu único irmão há seis anos e, agora, perco minha mãe da mesma forma, através de execução”.
Esse é o verdadeiro retrato do campo brasileiro, em que todos os dias camponeses pobres e/ou sem terra, índios e quilombolas sofrem ameaças e violência diária por parte dos latifúndio.
Tudo com o aval da polícia e do Poder Judiciário, que nada faz, salvo livrar a pele dos latifundiários e de seus jagunços.