Nos dias 15 e 16 de agosta ocorreu a “Marchas das Margaridas”, o evento que traz a memória da primeira sindicalista do brasileira, Margarida Alves, que foi assassinada pelos latifundiários, reuniu dezenas de milhares de pessoas de todo o país e também com presenças internacionais em Brasília-DF.
A manifestação reuniu mulheres trabalhadoras de sindicatos rurais como elas mesmos se definiam: “mulheres trabalhadoras rurais do campo, da floresta, das águas e das cidades.
O evento, que parecia mais uma “nova festa de posse do presidente Lula”, teve a presença do mandatário no encerramento. Lula assinalou várias iniciativas que vinham sendo discutidas como o movimento desde junho, quando elas entregaram a pauta de reivindicações. O presidente falou ainda em reforma agrária emergencial, regularização dos assentamentos, dentre outras medidas.
Em sua fala, Lula destacou que as mulheres “não devem ter medo de reivindicar suas necessidades”. Infelizmente a pauta da direção do movimento pouco tinha de reivindicações concretas e muito tinha de subjetivismo como demonstra o próprio mote da Marcha que era ” Reconstruir o Brasil e pelo bem viver.”
O Partido da Causa Operária também esteve presente pra fortalecer a lutas das mulheres e compareceu com a tradicional banca de materiais de sua Loja. Os militantes do partido que distribuíram panfletos e realizaram vendas de Jornal da Causa Operária e da Revista Mulheres do coletivo Rosa Luxemburgo.
Alguns agrupamentos traziam reivindicações mais concretas, porém de maneira bastante dispersa. As mulheres que trabalham com reciclagem e as professoras traziam reivindicações e denúncias específicas de suas categorias e Estados. Demonstrando que existe uma grande tendência de luta, mas falta uma direção que de fato organize essas pessoas para a luta real.
A direção do movimento desperdiçou a chance de mostrar para o Congresso Nacional a força popular que possui o Governo Lula tem, abrindo mão de mobilizar politicamente centenas de milhares de mulheres ali presente.
Os militantes do PCO se juntaram à marcha divulgando a sua política para as mulheres que inclui, além da concordância com algumas das pauta das próprias margaridas como a reforma agrária, a legalização aborto, Salário Mínimo vital, Petróleo 100% estatal, a revogação da reforma trabalhista e previdenciária,.