Nesta sexta-feira, 18/8/2023, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, alertou para as ameaças de guerra biológica provenientes das intensas atividades biomilitares realizadas pelos 336 biolaboratórios, localizados em 30 países, nas controlados pelo Departamento de Defesa norte-americano.
O diplomata chinês fez essa afirmação em resposta a uma recente revisão, nessa quinta-feira, de um relatório do Departamento de Defesa dos EUA, onde se afirma que a China seria a principal ameaça de longo prazo à segurança dos EUA, devido a suas pesquisas com armas biológicas.
O mecanismo psicológico da projeção (ver e acusar no outro aquilo que o próprio acusador faz) nunca ficou tão evidente quanto nas ações norte americanas imperialistas quanto ao uso de armas biológicas mundo afora. Vietnam, Iraque e Síria conheceram bem essa realidade.
Rússia e China emitiram em março deste ano uma declaração conjunta sobre as atividades biológicas militares conduzidas pelos Estados Unidos. Em março de 2022 o Ministério da Defesa russo já havia denunciado a implantação na Ucrânia de um grande programa de pesquisa biológica.
Neste programa foram investidos mais de US$ 200 milhões em 46 laboratórios. Segundo o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Forças de Proteção Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas Russas, uma das tarefas prioritárias dos laboratórios ucranianos era coletar e enviar aos Estados Unidos cepas de patógenos de doenças infecciosas como cólera, antraz, tularemia.
Conforme Igor Kirillov essas cepas e patógenos eram enviadas aos laboratórios dos EUA sem qualquer controle de instituições internacionais como a OMS. Ainda segundo o militar russo, agentes e substâncias biológicas foram testados em militares ucranianos, cidadãos indigentes e pacientes de hospitais psiquiátricos.