Segundo informações divulgadas no sítio russo RT, o banqueiro George Soros encerrará as operações europeias da Fundação Open Society (“Sociedades Abertas”). O anúncio foi feito no último dia 15, à Reuters conforme a imprensa russa (“Soros to shut down most EU projects”, 16/8/2023).
Sua fundação é apresentada na propaganda direitista como uma benfeitora, patrocinadora de causas sociais progressistas, libertárias e etc., porém tudo isso não é nada além de fachada para as atividades de desestabilização de regimes promovidos pela Organização Não Governamental (ONG).
A China assumirá o lugar da Europa como principal foco de investimentos da ONG promotora de golpes de Estado, o que representa mais uma dura ofensiva do imperialismo contra o gigante asiático. Já em agosto de 2021, o banqueiro endossava a política imperialista de provocações contra Pequim, tendo à época publicado um artigo no jornal norte-americano The Wall Street Journal, estabelecendo que:
“Os Estados Unidos defendem uma sociedade democrática e aberta, na qual o papel do governo é proteger a liberdade do indivíduo. O Sr. Xi acredita que Mao Zedong inventou uma forma superior de organização, a qual ele está mantendo: uma sociedade totalitária fechada na qual o indivíduo é subordinado ao Estado de partido único. É considerada superior, nesta perspectiva, porque é mais disciplinada, mais forte e, portanto, destinada a prevalecer em uma competição” escreveu o bilionário (“Xi’s Dictatorship Threatens the Chinese State”, 13/8/2021), acrescentando: “Considero o Sr. Xi o inimigo mais perigoso das sociedades abertas no mundo. O povo chinês como um todo está entre suas vítimas, mas opositores políticos internos e minorias religiosas e étnicas sofrem muito mais com sua perseguição.”(Idem).
Segundo a supracitada matéria de RT, o banqueiro é acusado também de apoiar os protestos chineses que resultaram no Massacre da Praça da Paz Celestial em 1989. Desde os anos 1980 – segundo RT -, o banqueiro investe em grupos golpistas no país asiático. As declarações anteriores de Soros sugerem que nada de bom pode vir dessa guinada nos investimentos do banqueiro. Finalmente, o próprio avanço da crise imperialista e a necessidade de domar a China em especial, acrescenta uma motivação extra à determinação da ditadura global para submeter o país, e com isso, sair da crise econômica e política da dominação dos países desenvolvidos.
O caso lembra o quão criminosa e golpista é a ONG de Soros, banida de alguns países, mas ainda influente em nações onde o interesse nacional encontra-se estabelecido sob bases mais frágeis, como o Brasil. Com um governo eleito pelos trabalhadores à frente do Executivo Federal, é simplesmente chocante que figuras ligadas diretamente ao vampiro tido como filantropo estejam presentes no alto escalão do governo Lula, onde não fazem outra coisa além de conspirar e criar condições para a queda do presidente eleito pelo povo.
Se o banqueiro criminoso será bem-sucedido, não está claro. Recentemente, operações golpistas similares em Hong Kong e também em outras partes como no Cazaquistão fracassaram. Será preciso acompanhar o caso, mas de qualquer forma, o modelo conhecido como “revoluções coloridas”, padrão de golpes de Estado iniciados entre o fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando mobilizações golpistas em especial no Leste Europeu, mas também com o caso da supracitada China.
Torna-se mais cristalino o que ONGs como Open Society de fato são: agências do imperialismo para promover uma política contrária aos países-alvos. O anúncio dá, no entanto, caráter de urgência a uma ofensiva dos trabalhadores contra a fundação Open Society e demais ONGs do gênero.
O anúncio da Open Society, no entanto, abre uma nova frente de ameaças que pairam sob a China e que deverão ser enfrentadas pelos chineses. Acuados pela crise, as potências imperialistas terminaram tornando-se mais agressivas e visivelmente preparam-se para um conflito de grandes proporções contra os asiáticos, que se não quiserem ser esmagados pelos seus inimigos, deverão ser muito duros também na defesa do país.