A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) passa por uma intervenção desde 2020, quando o presidente golpista, Jair Bolsonaro, nomeou Valdiney Veloso Gouveia para a função de interventor.
A repressão e perseguição aos movimentos sociais, estudantes, técnicos, professores e comunidade acadêmica em geral se acentuou com a chegada da intervenção bolsonarista. Porém, denúncias de abuso por parte da segurança terceirizada da universidade eram frequentes há muitos anos.
O caso mais emblemático foi o assassinato de Clayton Tomaz de Sousa, estudante de Filosofia conhecido como Alph, que atuava no movimento estudantil. Alph preparava um dossiê com denúncias sobre a milícia instalada na instituição, o mesmo publicava vídeos nas redes sociais com a transmissão de cenas de repressão e com relatos de que sofria ameaças de morte.
O principal representante dessa política repressiva é o servidor de segurança apelidado de “Bigodinho”. São inúmeros os relatos de abusos cometidos pelo guardinha, que adora reprimir, discutir e ameaçar estudantes indefesos, especialmente aqueles que fazem parte de movimentos sociais.
A intervenção bolsonarista, não contente, promoveu “Bigodinho” ao cargo de superintendente de segurança da UFPB e os resultados foram os piores possíveis: guardas terceirizados que andam armados pelos quatro cantos do campus e que não servem para repressão, não para segurança, pois nos últimos 3 anos de intervenção bolsonarista aumentaram as denúncias de abusos, agressões.
Dentre outras formas de violência, figuram os inúmeros processos a lideranças dos movimentos sociais e sindicatos, expulsão dos prédios e imputação de multas aos sindicatos dos professores e técnicos e o DCE. Além disso, carros de som e bandeiras de partidos políticos e movimentos populares são proibidos de circular no campus, como aconteceu com os militantes do Partido da Causa Operária (PCO), em 2021.
O movimento estudantil precisa se insurgir contra essa arbitrariedade e colocar um fim a todo tipo de repressão dentro da universidade.