Em franca campanha pela censura na internet junto aos demais órgãos de propaganda do imperialismo, o portal Uol (do Grupo Folha) publicou a reportagem “1 a cada 5 grandes disseminadores de fake news é político; metade é do PL” (Naomi Matsui, Gabriela Varella, 8/8/2023), divulgando informações sobre as chamadas fake news pesquisadas por um grupo que sem nenhum pudor, se autointitula “Mercenários Digitais”. Na reportagem, após tratar de um conjunto de pessoas que incluem políticos, empresários, personalidades e influenciadores, e ex-integrantes do governo (que supomos ser Bolsonaro, já que o infográfico não é claro), a matéria exibe os partidos, destacando apenas dois: o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido da Causa Operária (PCO).
Nenhuma outra menção ao PCO é feita durante todo o restante da matéria, apenas uma única e estranha afirmação de que o partido é difusor de desinformação (seja lá o que for isso) é inserida, de maneira quase aleatória. Simplesmente afirmaram e ponto, sem apresentar absolutamente nada que dê pistas sobre o que levou a organização revolucionária a figurar com destaque na reportagem, ainda mais uma cujo título nomeia o PL.
No ano passado, no entanto, o partido operário foi duramente atacado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por suas posições políticas, entre elas, a defesa irrestrita da liberdade de expressão e a de uma ampla reforma no judiciário, que democratize os órgãos da justiça e os submeta ao controle popular, tal qual disposto no parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal de 1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Em 2 de junho, o PCO fora incluído no obscuro “Inquérito das Fake News”, investigação sigilosa aberta pelo STF tendo pouco tempo depois suas redes sociais bloqueadas por ordem judicial. O partido teve ainda seus recursos do fundo eleitoral retidos por longo período e só recuperou o direito de se comunicar na internet em 28 de fevereiro deste ano. Não seria surpreendente que um órgão golpista e apoiado pelo imperialismo como o Uol estivesse celebrando esses fatos ao destacar o partido em sua reportagem, ainda mais da maneira aleatória como foi feita.
Segundo o portal, a pesquisa divulgada “busca rastrear o negócio da desinformação na América Latina” (idem), contando para isso com apoio de “Agência Pública (financiada pela ONG do banqueiro George Soros, Open Society), outros 18 veículos latino-americanos e quatro organizações especializadas em investigação digital, sob a liderança do Clip (Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística)” (idem).
No sítio dos Mercenários Digitais (https://www.elclip.org/mercenarios-digitales/), novamente os dólares do imperialismo saltam a quem procura saber quem está sustentando toda essa luta pela verdade. Ford Foundation e Open Society unem-se a uma dezena de outras ONGs, evidenciando quem banca os Mercenários. Os mesmos que sustentam o Uol e também a Folha, Globo e todos os monopólios de comunicação, que lutam desesperadamente para manterem-se no controle da informação, escondidos sob o véu da luta contra a desinformação. Os mesmos que sustentam também o STF, todos os golpistas e o regime de opressão brutal, que tem no PCO sua expressão de oposição mais consciente.
Dado a relevância crescente que o partido – ainda pequeno, mas em franco crescimento – vem ganhando nas lutas políticas travadas no País desde o golpe de 2016 – com especial destaque na luta pela liberdade do presidente Lula e sua vitória nas eleições de 2022, entre outras conquistas -, torna-se menos aleatório o ataque ao PCO feito pelo Uol e os Mercenários, sendo mais uma evidência da importância cada vez maior do Partido. Em uma nação com as características do Brasil, o avanço de um partido com um programa verdadeiramente revolucionário, não ameaça apenas a burguesia brasileira, ameaça a sobrevivência do próprio imperialismo.
Reduzir o PCO ao papel de difusor de desinformação é, portanto, fruto da necessidade de combater a organização que mais luta contra o avanço da censura e pela defesa da liberdade de expressão no País, e de quebra, minar a autoridade que o partido vem conquistando junto às massas. Não conseguiram quando o partido operário era mais frágil e certamente não conseguirão agora.