A imprensa golpista, especialmente aquela diretamente ligada aos interesses do imperialismo norte-americano, estão numa campanha desenfreada para que o governo do presidente Lula entregue a direção de órgãos importantes para os representantes da direita golpista, representada pelo centrão.
As Organizações Globo e a Folha de São Paulo estão na sua tradicional sanha golpista na tentativa de derrubar, de qualquer maneira, a Presidenta da Caixa Econômica Federal, uma sindicalista que, antes das eleições de 2018, ocupava um cargo no Conselho de Administração do banco, cargo esse conquistado através de eleições na categoria, ou seja, uma legítima representante dos trabalhadores, já que o restante dos conselheiros são todas indicações da direção da Caixa, Rita Serrano.
O G1 publicou no último dia 7 de agosto matéria em que acusa Rita Serrano de ter censurado “documentos com comunicações internas do banco sobre a concessão de empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil” (g1, 7/8/2023), e sustenta que a situação ficou complicada para Rita Serrano que sua permanência à frente da Caixa está insustentável e que ela será substituída por quadros do centrão.
O g1 completa insinuando que Serrano tem uma atuação à frente da Caixa considerada como “tímida” e “burocrática” e é “alvo de críticas por ter mantido na cúpula do banco figuras que ocupavam cargos importantes na gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando houve o que consideram ter sido uso político da Caixa na tentativa de reeleição do ex-presidente, sobretudo na criação do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil”. (Idem)
Já o Portal UOL da Folha de São Paulo havia acusado a direção da Caixa de ter “tarjado completamente um documento de 17 páginas, depois que a CGU (Controladoria-Geral da União) determinou que um pedido de informações do UOL sobre o uso político do crédito consignado do Auxílio Brasil fosse respondido”. (UOL, 7/8/2023)
O que se trata em relação às reportagens da imprensa golpista são acusações infundadas cujo objetivo é derrubar a presidenta da Caixa, acusando-a de esconder, nos documentos apresentados, sobre o prejuízo do banco com empréstimos entre o 1º e 2º turno das eleições de 2018 nos consignados do Auxílio Brasil.
Fica evidente que os banqueiros internacionais e o grande capital, através dos seus porta-vozes, tentam com mais esse ataque em relação à Caixa tomar conta do controle da economia nacional. A Caixa Econômica é vinculada ao Ministério da Economia, é o maior banco público da América Latina, todas às políticas sociais tem como centro de operações a Caixa, como por exemplo o Bolsa Família, Auxílio Moradia, FGTS (Fundo de garantia do Tempo de Serviço), habitação popular, PIS (Programa de integração social) e o seguro desemprego – além é claro, de oferecer empréstimo sob melhores condições de juros para obras públicas, principalmente voltada para o saneamento básico, destinando recursos a estados e municípios. É o principal banco do Brasil, com todos os programas sociais vinculados a ela.
Fica evidente que, mais uma vez, o grande capital está tentando emparedar Lula no que diz respeito à sua política econômica ao tentar substituir Rita Serrano à frente da Caixa.
Além disso, a tentativa de substituição da Presidenta da Caixa, por setores da direita golpista, é muito mais do que o aparelhamento da direita desse gigantesco patrimônio, com ativos de cerca de R$ 1,6 trilhão, mas o interesse de passar para as mãos dos grandes banqueiros, capitalistas nacionais e internacionais, essa instituição 100% pública.
Diante desses ataques da direita, que pode levar a destruição total deste grande patrimônio nacional, as organizações de empregados da Caixa Econômica Federal devem se organizar e mobilizar os sindicatos da categoria, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os demais sindicatos dos setores produtivos, os movimentos e as organizações populares, a população em geral para lutar contra mais esse ataque. Somente a luta unificada dos amplos setores pode pôr fim aos ataques contra essa instituição 100% nacional, o maior banco público da América Latina, voltado para atender todas as políticas sociais, principalmente para a população mais pobre, que está presente em 99% dos municípios brasileiros.