Nos últimos dias, uma declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) tem gerado polêmica entre a esquerda.
“Nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos – que é necessário, mas tem um limite – de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada. (Sobre) A reforma tributária, fizemos outro questionamento. Está sendo criado um fundo para Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, o Sul e o Sudeste não têm pobreza?”, afirmou o governador mineiro. “Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito”, complementou.
Segundo Walfrido Warde, Zema pode ser alvo de um processo de impeachment por “defender a união dos estados do Sul e Sudeste para barrar os interesses do Nordeste”: “A fala de Romeu Zema é uma afronta ao pacto federativo e foi contemplada na Lei de Impeachment. Leiam o artigo 5º dessa lei, que trata dos crimes contra a existência da União.”
O pacto federativo é um princípio fundamental da Constituição Federal do Brasil, estabelecendo a divisão de poderes e competências entre a União, os estados e os municípios. Através dele, garante-se a autonomia dos entes federativos, ao mesmo tempo em que se estabelece a cooperação e a solidariedade entre os distintos membros. O Artigo 5º da Constituição trata dos crimes contra a existência da União, e é nesse contexto que a fala de Romeu Zema é questionada.
Mas vale para o leitor lembrar que não é de hoje que a esquerda fomenta a divisão do País, sobretudo do Nordeste. Durante muito tempo, a esquerda incentivou essa divisão como forma de promover seu discurso identitário. Essa estratégia de dividir o País em partes, muitas vezes com interesses conflitantes, beneficia diretamente os interesses imperialistas e enfraquece a união nacional. Agora, vemos que até mesmo governantes de direita, como Romeu Zema, acabam alimentando essa divisão, muito incentivada pela esquerda.
As declarações que discriminam e polarizam regiões do País têm um impacto negativo na união do Brasil. Nesse Diário denunciamos como essa é uma política de direita e que só serve ao imperialismo — algo que fica bem claro agora. Não devemos nos enganar com as declarações demagógicas de vários políticos direitistas que se dizem nacionalistas. Todos, no fim das contas, defendem o mesmo que Zema, só não tomam a iniciativa de falar.