Após o aúncio pelo governo Tarcísio Freitas (Republicanos) de que o Estado de São Paulo, deixaria de comprar para o próximo ano milhões de livros didáticos para os alunos da rede estadual, ficando de fora do PNLD (Plano Nacional do Livro Didático), a empresa Multilaser, da qual o atual secretário de Educação, é sócio e já foi presidente, subiu cerca de 10%, em menos de uma semana, com uma valorização de mais de 10% das suas ações na Bolsa de Valores, o que representava um ganho adicional de quase R$300 milhões.
A empresa atua na área de fornecimento de materiais e equipamentos de informática e tem como um dos seus principais clientes, justamente, o governo do Estado de São Paulo, com quem por exemplo, assinou contratos de fornecimentos de equipamentos e serviços da ordem de R$280 milhões, no dia 28 de dezembro do anos passado, três dias antes do final do governo Rodrigo Garcia (OSDB) que apoiou a eleição de Tarcísio. O atual governador e o o “homem de negócios” e seus secretário de educação agiram como verdadeiros gastos de propaganda dos negçoios da Multilaser, anunciando que os livros didáticos seria substituídos, supostamente, por livros digitais e que para isso seria distribuídos milhões em equipamentos para professores e alunos.
A negociata foi tão escancarada que setores da burguesia e da sua imprensa protestaram, forçando o governador a declarar que o secretário está “prestigiado” e será mantido no cargo. Será?
O mesmo secretário que vem impondo às mais de 3 mil escolas estaduais um verdadeiro regime de terror e assédio contra os professores e estudantes, acompanhado de vãs promessas de modernização que buscam ocultar os lucrativos negócios que eles realizam com seus “parceiros”. Os professores sofrem todo tipo de pressão para amor procedimentos digitais (inferno digital), enquanto o governo rouba nos salários e, sequer paga o piso salarial nacional dos professores, como salário-base da categoria.
Além do interesse empresarial e gordos lucros, a iniciativa dá continuidade à política tucana de destruição do ensino público.
Além der deixar os alunos sem livros outros materiais didáticos e deixar as escolas ao “deus-dará” (clara até meso material e funcionários;arios de limpeza), o governo quer avançar com a política tucana que, inclusive, se impôs com a reforma do ensino médio, aprovada no governo golpista de Michell Temer e começou a ser imposta no governo Bolsonaro com o apoio de todos os governo da direita.
Com a substituição dos livros didáticos escolhidos pelos professores, o governo quer intensificar a imposição de materiais de conteúdo sem qualquer rigor científico, por meio de supostos livros eletrônicos e outros materiais.
Não é coincidência que no atual governo paulista estão aqueles que queriam proibir nas escolas, como na época da ditadura, as publicações que tratassem de acontecimentos da realidade nacional, que provoquem debates ou o fortalecimento do espírito crítico nos jovens. Assim os “novos livros”, sem o crivo do professor poderiam – por exemplo – ocultar dos estudantes que o Pais esteve submetidos por mais de duas décadas a uma ditadura enterguista que matou, torturou e prendeu para defender os interesses dos tubarões capitalistas internacionais ; poderia, quem sabe, impedir que se conte nas Escolas que no recente golpe de Estado que levou à deposição da primeira mulher eleita presidenta da República, se promoveu o maior retrocesso nas condições de vida do povo trabalhador e que o atual presidente, foi colocado na cadeia como parte de professos fraudulentos (todos eles anulados!), organizados pelo imperialismo.
Os responsáveis por essa política anti-educacional e anti-povo são os defensores da “Escola sem partido”, mas que na verdade defendem partido único, (ou seja, somente do governador Tarcísio) similar ao fascismo. São os que querem impor na Escola a doutrina dos capitalistas de formarem “cidadãos” que aceitam e até exaltem uma sociedade que explora e massacra o povo trabalhador e ainda criam a ilusão de que esses podem,nas condições atuais, se tornarem “empreendedores”.
São também os defensores das chacinas, massacres, tortura e terror contra a populaça pobre, trabalhadora, jovem e negra, para garantir os interesses dos bancos e dos grandes capitalistas que, amparados no Estado (no dinheiro dos impostos pagos pela população) levar diante uma política de rapina sem igual contra a maioria da nação.
Uma doutrina de tipo fascista que quer que a juventude, inclusive, apoie a política criminosa de entregar todos os dias bilhões para os maiores bandidos do País que são os banqueiros, enquanto fuzilam jovens e trabalhadores que moram nas favelas ou comunidades operárias, deixam milhões passando fome, no desemprego etc.
Contra esta política, é preciso levantar uma grande mobilização nas Escolas, envolvendo educadores, funcionários, estudantes e pais; e as organizações de luta dos explorados,
O Congresso da APEOESP, maior Sindicato do País, que acontece de 1 a 3 de setembro, reunindo mais de 1.600 delegados, deve alavancar uma grande mobilização da categoria contra estes ataques e fazer um chamado ao conjunto dos professores e à toda comunidade escolar para por abaixo a política ditatorial de Tarcísio, governo genocida inimigo da Educação e da população.
De imediato, é preciso convocar uma plenária de todos os setores da comunidade escolar, para organizar uma campanha contra as medidas do governo contra os estudantes e educadores, e colocar na rua uma mobilização em defesa das reivindicações destes setores, incluindo, a luta por Fora Feder e Tarcísio.