O governador do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas, um verdadeiro fascista, como se pôde ver com o apoio dado a ele ao verdadeiro massacre cometido pelos policiais na Baixada Santista,está também assinando embaixo de outro verdadeiro massacre na educação pública paulista.
Tarcísio de Freitas decretou que as escolas do Estado de São Paulo não irão mais receber os livros didáticos adotados pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático, que seriam distribuídos para o Estado em quantidade de cerca de 10 milhões, e seria utilizado material 100% digital. Mais precisamente, as aulas passariam a ser apresentadas pelos professores por meio de slides de PowerPoint.
“Aula é uma grande TV, que passa os slides em PowerPoint, com alunos com papel e caneta anotando tudo. O livro tradicional sai”. Disse o secretário de Educação de Tarcísio, Renato Feder. A decisão inusitada provocou revolta na população e fez com que o Ministério Público Estadual questionasse essa mudança.
“Há necessidade de apurar se os novos materiais didáticos a serem adotados são equivalentes aos do PNLD em termos de qualidade, processos de análise qualitativa de produção, escolha, avaliação e preço unitário”. Disse em nota o MP. Também logo se descobriu que por trás das justificativas estapafúrdias do governador e seu secretário estava, na verdade, um esquema criminoso e milionário.
O secretário de Educação do governo Tarcísio de Freitas, Renato Feder, é sócio de uma empresa offshore que detém cerca de 30% das ações da empresa Multilaser. A Multilaser é a empresa com a qual a pasta da Educação do governo do Estado assinou três contratos no valor de R$ 200 milhões para o fornecimento de 97 mil notebooks para as escolas da rede pública estadual.
Nesse momento, o secretário de Tarcísio está sendo investigado pela Procuradoria Geral de Justiça por conflito de interesse. Está muito claro que o governador fascista está usando a pasta da Educação para dar dinheiro aos seus amigos.
Sabe-se que as escolas brasileiras carecem de muita infraestrutura, é um absurdo querer abrir mão do livro didático, que é de mais fácil acesso, inclusive para fora das escolas, onde também há carência de infraestrutura. Para que se possa dispor de uma educação 100% digital é preciso antes garantir que todos os alunos terão acesso a dispositivos eletrônicos, acesso à internet, o que prejudica as camadas mais pobres da sociedade. Não bastasse isso, os materiais didáticos são elaborados e avaliados pelo MEC, enquanto a responsabilidade pela elaboração do conteúdo das aulas de PowerPoint do governo Tarcísio são, até o momento, uma verdadeira incógnita.
É preciso rechaçar mais esse massacre provocado pelo governo Tarcísio. Alunos e professores da rede pública estadual devem protestar de forma muito dura e incisiva contra esse crime que estão cometendo contra a população.