Em menos de 48 horas, o Brasil testemunhou uma série de acontecimentos que desnudaram por completo o caráter do Poder Judiciário. É uma ditadura feroz, um grupinho de meia dúzia de burocratas, que não foram eleitos por ninguém, mas que passam como um trator pelos direitos de todo o povo,
Na internet, o grande injustiçado da vez foi o apresentador Monark, vítima de uma perseguição implacável e injustificável do Judiciário e dos monopólios da imprensa. Monark teve todos os seus perfis nas redes sociais suspensos simplesmente por questionar o processo eleitoral. Isto é, por exercer o seu direito de cidadão de criticar as instituições do Estado – no caso, a Justiça Eleitoral. Um Estado em que os seus cidadãos não podem lhe contestar é a definição de uma ditadura. Enquanto isso, o governador de São Paulo e o Secretário de Segurança do estado podem ir à imprensa mentir livremente, dizendo que não houve tortura na chacina do Guarujá, quando ficou provado que houve.
Outro caso de grande repercussão foi a prisão de um fazendeiro em Santarém, no Pará. Ele foi preso simplesmente por ter dito que “daria um tiro” na barriga do presidente Lula. Uma bravata, apenas uma declaração expressando o seu ódio ao presidente. Também não é crime odiar ninguém, nem tampouco o caso foi uma ameaça: uma ameaça de fato ocorre quando o suposto criminoso tem condições materiais de cumprir a ameaça. Um fazendeiro no interior do Pará não é uma ameaça, pois nada pode fazer. Já o maior comandante das Forças Armadas, esse sim tem condições de cumprir com qualquer ameaça. Mas o Judiciário nunca ousou prender Eduardo Villas-Bôas quando ameaçou fechar o STF caso votasse a favor de um habeas corpus para Lula.
Talvez o caso mais grotesco, contudo, tenha sido o do MC Juninho, que cantou uma música supostamente comemorando a morte de um policial. Leia-se: um policial que faz parte de um batalhão responsável por uma verdadeira chacina no Guarujá, que matou dezenas de pessoas e torturou outras tantas. Agora todo mundo é obrigado a chorar pela morte de um agente da polícia, que é a maior organização fascista do País?
Todos esses casos bárbaros não deixam margem para dúvida: os direitos democráticos do povo brasileiro hoje não valem nada. É preciso denunciar todas as arbitrariedades e não ter qualquer tipo de compromisso com o estabelecimento de uma ditadura no País.