O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse, nesta sexta-feira (04), que a interrupção do fornecimento de urânio do Níger para a França pode ser vista como retaliação por anos de injustiça aos africanos.
“Claro, esta não é a primeira vez que a França faz isso, mas o que eles fizeram na Argélia, Ruanda e Mali é conhecido na história mundial. Os africanos sabem bem disso. Agora o fornecimento de ouro e urânio para a França [do Níger] está completamente suspenso. Esta é uma homenagem a eles por anos de brutalidade contra esses países”, disse Erdogan.
O presidente turco foi reeleito esse ano derrotando candidato bancado pelo imperialismo. À época, a esquerda pequeno-burguesa reproduziu o discurso da imprensa pró-imperialista, chamando Erdogan de ditador, homofóbico etc.
Contudo, conforme foi constatado por esse Diário, sua eleição foi uma derrota para o imperialismo, e um avanço na luta dos países oprimidos, não obstante todo o equilibrismo que Erdogan faz entre o imperialismo e os países atrasados.
Essa nova declaração do presidente apenas confirma seu caráter de representante do nacionalismo burguês de um país atrasado, o que o coloca em rota de colisão com os EUA e a Europa Ocidente.