Na sexta-feira (04), a embaixada da Ucrânia em Israel pediu para que o governo Netanyahu forneça assistência à comunidade judaica em Odessa por um suposto aumento dos ataques russos à cidade.
“A comunidade judaica em Odessa continua sofrendo significativamente com os ataques russos – o governo israelense deve acordar!” a embaixada disse em um comunicado, instando Israel “a não abandonar sua comunidade em tempos de necessidade”.
“Como todos os cidadãos de Odessa, a comunidade judaica também é significativamente afetada por esses ataques. Apesar da situação terrível, os líderes comunitários continuam a guiar corajosamente seu povo, reconhecendo que a educação de seus filhos não pode ser interrompida”, afirmou a embaixada.
É claro que essa declaração não passa de uma grande demagogia. Finalmente, a Ucrânia está enviando soldados para a guerra de maneira indiscriminada, sabendo que eles morrerão prontamente. Por que estaria preocupada com seus cidadãos judeus?
A farsa é maior ainda quando levamos em consideração que o governo ucraniano depende diretamente da força de grupos nazistas que, desde 2014, aterrorizam o povo principalmente na região do Donbass.
Mesmo assim, Israel parou de fornecer ajuda militar à Ucrânia apesar dos últimos pedidos. A única ajuda que o governo israelense fornece aos ucranianos é do tipo humanitária, além de auxiliar no desenvolvimento de um novo sistema de alerta de míssil.
Somando esse fato à recente aprovação da reforma judicial em Israel pelo Knesset, reforma esta que diminui os poderes da Suprema Corte (colidindo com os interesses dos EUA), vai se desenhando um movimento de Israel para fora da órbita do imperialismo, em especial o norte-americano. Afinal, com o enfraquecimento da ditadura imperialista mundial e a progressiva união dos países árabes, como muitos deles que outrora eram inimigos, agora retomando relações diplomática, Israel já se prepara para evitar tentar sobreviver a uma eventual revolta popular dos povos árabes, em especial da Palestina.