Para tentar disfarçar a sabotagem que está fazendo contra o desenvolvimento nacional, o Banco Central de Campos Neto reduziu, nessa quarta-feira (02), a taxa básica de juros em 0,5%. Apesar de ser uma diminuição absolutamente insuficiente, o valor representa um corte de cerca de R$21 bilhões na dívida pública.
O número, que demonstra quão profundo é o ataque do Banco Central à economia brasileira, equivale, a título de comparação, ao dobro do orçamento do programa Minha Casa Minha Vida reservado para este ano.
Isso prova como o problema dos cofres públicos não é, nem de longe, o investimento em políticas que beneficiam o povo brasileiro, mas sim a dívida pública. O pagamento dos juros e da amortização da dívida pública brasileira representam, juntos, 50,78% de todo o orçamento público de 2022, ou seja, 1,96 trilhão de reais, uma valor maior que o PIB de muitos países. Esse dado deixa claro que a dívida pública representa um mecanismo que deixa o país refém do imperialismo, retirando orçamento da educação, saúde, moradia, entre outros.
A dívida pública não passa de um instrumento utilizado pelo imperialismo para controlar a economia dos países atrasados. Por meio dela, o capital financeiro pode congelar parte do orçamento público de determinado país, como é o caso do Brasil, que reserva mais da metade de seu orçamento anual para pagar os grandes imperialistas do chamado “mercado”.
Diante disto é necessário que se eleve a intensidade e o escopo da campanha pelo redução dos juros, com convocações de mais atos e mais pessoas, de forma pavimentar o caminho para uma mobilização de massas dos trabalhadores, buscando-se a completa estatização do sistema bancário para que seja colocado um fim ao parasitismo dos países imperialistas sobre o povo brasileiro.