Nesta terça-feira (01), em frente ao prédio do Banco Central em Brasília, aconteceu mais uma Ato pelo Fora Campos Neto e pelo fim do BC independente.
O Ato foi organizado pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, deliberado pela sua diretoria, conjuntamente com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito Centro Norte (FETEC/CUT/CN), onde agrupou em frente ao banco diversos companheiros, tanto da diretoria dos bancários e da FETEC/CN, quanto companheiros de outras categorias como servidores públicos federais, professores e também, é claro, trabalhadores do próprio BC. Os setores presentes na atividade protestaram contra a política da direção do banco que mantém a taxa de juros nas alturas (a mais alta do mundo), a qual tem como objetivo inviabilizar a política econômica do governo Lula: de expansão do crédito no sentido de desenvolver o comércio e a indústria, além de beneficiar a população em geral que sofre com os ataques dos representantes diretos dos banqueiros.
Como não poderia deixar de ser, as forças policiais estavam presentes com um grande efetivo e, mais uma vez, tentaram impedir a atividade. Não foi permitido que o carro de som fosse posicionado em frente ao BC para que os presentes pudessem fazer uso da palavra.
A política de juros altos impacta diretamente a classe trabalhadora, bloqueando uma das pautas fundamentais das categorias que se trata do aumento real dos salários, a Selic atual resulta em custo maior dos produtos que é repassado para os consumidores. Os trabalhadores bancários já começam a preparar a sua campanha salarial, a Conferência Nacional da Categoria está marcada para acontecer neste final de semana e uma das pautas fundamentais para a discussão é justamente o fim do Banco Central independente. O BC é peça fundamental para qualquer mudança econômica importante do país, porém o controle da instituição está nas mãos do capital financeiro que inviabiliza uma política neste sentido.
Os militantes do Partido da Causa Operária no DF e a Corrente Sindical Nacional Causa Operária estiveram presentes com suas faixa e bandeiras, protestando na defesa do aumento real do salário-mínimo e do Bolsa Família, da redução dos impostos para os mais pobres e do desenvolvimento econômico do Brasil por meio da reindustrialização. Tais reivindicações somente serão possíveis caso o Banco Central volte a estar sob o controle do governo federal, para o qual Lula foi conduzido pela mobilização popular pra colocar fim à situação de miséria do país imposta pelo golpe de Estado.