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Monstro desproporcional

Quantas vidas inocentes valem a de um policial para Flávio Dino?

Dino parece viver em um mundo à parte

O ministro da Justiça, imposto a Lula pela frente ampla, antigo membro do PCdoB e atualmente “socialista” do PSB, faz uma segunda voz, mais aguda, ao canto fascista e horripilante de Tarcísio. Em vez de assumir uma postura de repúdio total e absoluto ao massacre cotidiano do povo brasileiro, Dino opta por fazer um harmonioso contracanto à melodia do bolsonarista que governa São Paulo.

A história se repete: para cada soldado nazista de Hitler morto pelos partisans, a Gestapo ou as SS matavam 10, 20 ou 50 pessoas dos países invadidos, dependendo do humor dos comandantes ou da sanha vingativa dos soldados nazistas.

No Guarujá, um policial foi morto por um criminoso. A reação da ROTA foi de assassinar 10, 20, 30 ou 60 cidadãos brasileiros, ainda não se sabe ao certo e talvez jamais se saiba. Por vingança. Para aterrorizar ainda mais um povo que já vive o terror cotidiano da exploração capitalista e da violência desmedida das forças policiais, cuidadosamente desenhadas para oprimir, reprimir e aterrorizar o povo simples e proteger os grandes criminosos burgueses, os ricos vampiros que sugam o sangue da nação.

Entrevistado em cima dos acontecimentos, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que parecia haver uma “desproporcionalidade” na reação da polícia paulista, que já havia até aquele momento matado 10 cidadãos numa operação chamada “Escudo”, após o assassinato do policial Patrick, de 30 anos.

A Polícia Militar matou 17 pessoas por dia no ano de 2022 no Brasil: foram 6.205 cidadãos brasileiros dizimados pela polícia. Na Alemanha são cerca de 12 pessoas por ano, vítimas fatais da violência policial, para uma população de cerca de 80 milhões de seres humanos. No Brasil, portanto se mata cerca de 300 vezes mais do que nos países de capitalismo desenvolvido.

Essa é a gritante desproporcionalidade que vivemos no Brasil: uma polícia que julga e mata seu próprio povo como se fossem moscas, muitas vezes com requintes de violência e sadismo.

Ao que parece, o ministro Dino está mais preocupado com montar o ministério da verdade e em desarmar a população do que em fazer justiça. Justiça que inexiste nas cadeias brasileiras superlotadas, justiça que só é feita para quem pode pagar por ela, ou seja, não há justiça para o pobre do Brasil, noventa por cento da população – já que estamos falando de proporcionalidade. Os inúmeros casos de erros, abusos e inconsistências do sistema judiciário brasileiro também parecem passar longe das preocupações de Dino. Dino que tanto gosta de se dizer cristão e de fazer citações bíblicas, parece lavar as mãos, como Pôncio Pilatos, diante desse quadro tenebroso.

Dino parece ignorar o destino de Adélio Bispo, suposto agressor de Bolsonaro. Há denúncias de que os direitos desse cidadão têm sido violados constantemente pela justiça brasileira. Nas atuais investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, as autoridades capitaneadas pelo ministro Dino, parecem ignorar uma testemunha chave, o porteiro do condomínio onde os assassinos moravam, o mesmo condomínio onde vivia o ex presidente da república, o seu Jair.

Tudo muito desproporcional, tudo muito estranho, tudo muito fora da lei, fora da justiça normal, fora do Estado de direito, fora de padrões mínimos de civilização.

Mas nada disso parece importar ao ministro da justiça Dino, que faz cara de paisagem diante dessas barbaridades.

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