Após o golpe anti-imperialista no Níger, o Ministério das Relações Exteriores da França anunciou, na manhã desta terça-feira (01), a retirada de seus cidadãos do país.
Enquanto a junta militar que tomou o poder acusou o governo francês de tentar intervir militarmente no país para restaurar o controle imperialista sobre o Níger, Mali e Burquina Fasso, países vizinhos, defenderam que qualquer forma de intervenção seria uma guerra declarada aos próprios países africanos.
Estamos diante de mais um acontecimento que demonstra o progressivo enfraquecimento do imperialismo, o qual já está se dando em escala mundial, de forma nunca vista antes na história.
Por todo mundo, países oprimidos se levantam, em maior ou menor intensidade, contra a ditadura imperialista.
E, o que é mais sintomático, uma enorme parte desses países oprimidos são governados por políticos direitistas, não havendo, na maior parte dos casos, levantes revolucionários que impulsionem um rompimento aberto com o imperialismo.
A recente rebelião dos países africanos é apenas os últimos dos casos. Previamente, viu-se a Arábia Saudita se afastando da órbita dos EUA. Atualmente Israel e Egito que, assim como o país árabe, são pontas de lança do imperialismo no Oriente Médio, também começam a se afastar.
Tudo isto começou com a derrota catastrófica dos EUA no Afeganistão em 2021, em que o todo poderoso exército ianque foi expulso do país pelos famélicos guerrilheiros do Taliban (e, é claro, pela insurreição popular que apoiou do grupo).
A tendência, daqui em diante, é que mais e mais países se insurjam contra os EUA, a Europa Ocidente. Todos esses movimentos anti-imperialistas devem ser apoiados por aqueles que se dizem revolucionários, independentemente da ideologia dos respectivos governos dos países oprimidos.