No último domingo (30), um atentado no Paquistão matou 54 pessoas em um comício no noroeste do país. O número, porém, pode aumentar, pois dezenas de vítimas seguem internadas em estado grave.
A explosão atingiu centenas de pessoas, que estavam acompanhando discursos de membros do partido Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F). Nesta segunda-feira (31), o Estado Islâmico (Ei) reivindicou o ataque.
“Foi um atentado suicida, e o homem-bomba se explodiu perto do local”, afirmou Riaz Anwar, representante do Ministério da Saúde na província de Jaiber Pastunjuá, à agência de notícias AFP.
O Paquistão tem sido palco de uma grande instabilidade política, marcada pelas denúncias arbitrárias contra Imran Khan, o líder político mais popular do país, preso em maio deste ano.
Ainda não se sabe ao certo o motivo político por trás desse atentado. Contudo, há eleições previstas para acontecer no final do ano. Sendo Imran Khan o político mais popular do país, e sendo ele perseguido pelo imperialismo, é possível que o atentado sirva para criar uma situação de instabilidade a fim de que as eleições sejam adiadas, e o imperialismo possa concluir sua perseguição contra Khan, para evitar que volte ao poder e fruste os planos dos EUA.