Mesmo depois da posse de um novo presidente do Banco da Amazônia e consequentemente a saída da direção bolsonarista à frente da empresa, a atual gestão do banco insiste em não dar uma solução para os trabalhadores do Quadro de Apoio, que continuam correndo o risco de perderem os seus empregos.
Em meados no mês de junho, a direção do Sindicato dos Bancários do Pará recebeu resposta negativa ao seu pleito de sentar à mesa com o atual presidente do Basa para tratar das demissões dos funcionários do Quadro de Apoio, a justificativa foi de que o tema não seria da alçada do presidente e, sim, do Conselho de Administração.
‘“As entidades entendem que a manutenção dos empregados dos integrantes do Q.A. é, sim, decisão de competência do presidente, pois as relações de trabalho são da alçada da administração do banco. O banco tem a obrigação de acolher o pedido da entidade, no sentido de estabelecer um canal de comunicação para debater o assunto e reavaliar a decisão da demissão coletiva dos empregados do quadro’, ressalta a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira”, (Site Fetec ,28/07/2023).
“Em face da manifestação da empresa, o Sindicato reiterou o pedido de reunião, ressaltando a mudança da composição do Conselho de Administração do banco. Após o envio do documento, o Basa agendou duas reuniões com o Sindicato. A primeira, ocorrida no dia 21.07.2023, com a diretoria de Gestão de Recursos e Portfólio de Produtos e Serviços. A segunda, que ocorrerá no dia 14.08.2023, será com o presidente do banco”, (Site Fetec ,28/07/2023).
Segundo informações da direção do Sindicato, a reunião se realizou no dia 27 de julho com a direção do banco através do seu Conselho Administrativo. Em resposta às demissões dos trabalhadores do Q.A., até o momento não há nenhuma previsão para a revisão da decisão das demissões. Está marcado para o próximo dia 14 de agosto, uma nova reunião, desta vez com o presidente do banco, cujo objetivo é tentar reverter as demissões.
Os trabalhadores do Quadro de Apoio do Banco da Amazônia (Basa) estão amargando uma verdadeira perseguição em relação à manutenção dos seus empregos. Desde setembro de 2021, a direção do banco está tentando, a todo o custo, jogar no olho da rua sem justa causa, 145 pais de famílias. Esses trabalhadores estão mobilizados, afim de impedir esse ataque às suas já precárias condições de vida, desde que se aventou o mesmo.
Os ataques da atual direção do banco aos trabalhadores do Basa não param por aí. Além das demissões dos funcionários do Quadro de Apoio, há o risco de demissão dos empregados não abarcados pela EC 103, que deram entrada na aposentadoria antes de novembro de 2019.
Os funcionários do Basa são os bancários com os menores salários entre os bancos federais, metade dos empregados não possuem plano de saúde, o qual também não é patrocinado pelo banco, a maioria não possui plano de previdência complementar e os que têm estão em litígio na justiça, ou seja, uma série de direitos que não estão sendo garantidos pela direção da empresa.
O Basa é um banco de Sociedade Anônima cuja maioria das suas ações se encontram nas mãos do Governo Federal (73,32%), mas mesmo depois da mudança de governo nas eleições de 2022, onde a classe trabalhadora derrotou o candidato da burguesia, a direção do banco continua com uma política de ataques aos trabalhadores através da demissão em massa e supressão de direitos.
Nesse momento, a categoria bancária já se encontra em Campanha Salarial cuja data base é no mês de setembro. Está marcado para os próximos dias 4,5 e 6 de agosto, a Conferência Nacional da categoria, a ser realizada na Cidade de São Paulo e uma das pautas fundamentais deve ser a organização de uma gigantesca mobilização contra as demissões no Basa e a defesa dos direitos desses companheiros.
