Ontem (27), o chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pressionou o governo israelense para que “atenda aos apelos” dos manifestantes que, desde o começo da semana, estão protestando contra uma das partes da reforma do Judiciário do país aprovada nessa segunda-feira (24).
Volker Turk afirmou que tem “acompanhado de perto os acontecimentos” e que os protestos “demonstram a extensão da inquietação pública com a extensão das mudanças legislativas fundamentais”.
O fato de o imperialismo em conjunto estar repudiando a reforma judicial proposta pelo governo Netanyahu, e aprovada pelo Knesset (parlamento israelense), dizendo que é um ataque à democracia no país, demonstra que os protestos que estão ocorrendo são artificiais e impulsionados pelo imperialismo.
Os países imperialistas se colocam contra a reforma, pois, através da mesma, o governo israelense diminuiu os poderes da Suprema Corte. E tais cortes são, atualmente, um dos principais mecanismos que o imperialismo, em especial os EUA, utiliza para controlar governos que ousem contrariar seus interesses. Assim, uma suprema corte independente do governo, e depende do imperialismo, é fundamental para que esse controle (e até mesmo golpes de Estado) seja realizado.