As Eleições Gerais espanholas de 2023, foram realizadas no domingo, dia 23 de julho, quando elegeram que elegeram as Cortes Gerais do Reino da Espanha. Foram disputadas todas as 350 cadeiras do Congresso dos Deputados, assim como 208 das 266 cadeiras do Senado.
O Partido Popular (PP), liderado por Alberto Nuñez Feijóo, conquistou 136 cadeiras nas eleições legislativas da Espanha. No entanto, não alcançou maioria absoluta, pois os partidos de direita não conseguiram garantir os 176 assentos necessários para formar um governo de coalizão.
Enquanto isso, o partido de esquerda liderado por Pedro Sánchez, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), levou 122 cadeiras, ao passo que seu aliado, Sumar, obteve 31 acentos. Existe a possibilidade de que no futuro os dois partidos formem uma aliança e por consequência, a direita também.
O PP pode se juntar ao Vox, um partido de extrema-direita que está em terceiro colocado com 33 cadeiras. O primeiro é descendente direto dos apoiadores da ditadura fascista comandada por Francisco Franco, ao passo que o segundo foi fundado por dissidentes do PP mais direitistas. A possível cooperação entre esses dois partidos pode se tornar extremamente perigosa, pois abre a possibilidade de um grupo conservador radical chegar ao poder pela primeira vez desde o fim da ditadura franquista, em 1975.
Feijoó embora não admita a formação de uma coalizão entre os partidos de direita publicamente, não restam dúvidas de que essa será sua única escolha em ordem de vencer as eleições. Mesmo que se juntem, os dois partidos ainda não fazem a maioria no parlamento, somando 162 cadeiras contra 153 da esquerda. O cenário político deixa a população espanhola incerta sobre o futuro do país.
Considerada a eleição mais incerta da Espanha, alguns insatisfeitos vêm se manifestando nas redes sociais por uma nova eleição. O país vive uma situação idêntica a da Itália e outros países europeus, com os partidos de extrema-direita se consolidando em quase todo o continente. Essa ascensão dos partidos mais direitistas se desenvolve em resposta à rápida deterioração das condições de vida dos europeus, da crise imperialista e da falta de uma resposta adequada dos partidos de esquerda, que ao se converterem em instrumentos do imperialismo, terminam impulsionando uma extrema-direita mais ativa e crítica do regime político.