Teve início nesta terça-feira (25), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, o julgamento dos 12 policiais militares acusados pelo Massacre de Paraisópolis.
No massacre, nove jovens foram assassinados no dia 01 de dezembro de 2019 durante o baile da DZ7, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. Após a primeira etapa do julgamento, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidirá se o caso irá a júri popular ou não.
Historicamente, todavia, os responsáveis por massacres saem completamente impunes, basta vermos o caso do Carandiru. Nesse sentido, julgamentos como esse são completamente farsescos. Não representam uma vitória para os assassinados pelo aparato de repressão do Estado.
Casos como este escancaram a natureza de classe do Estado, afinal, enquanto a PM massacra a população trabalhadora, os juízes agem como cúmplices absolvendo-os. É o que provavelmente acontecerá com mais esse julgamento.
Assim, a classe trabalhadora e o povo, em geral, jamais pode depositar suas confianças na polícia e no judiciário, afinal, são seus principais inimigos. A polícia não existe para “proteger e servir” (como é dito nos filmes), mas para reprimir e aniquilar o povo. E o judiciário não serve para trazer “justiça”, mas para jogar os trabalhadores na prisão, enquanto deixa seus assassinos livres.
Isto impõe aos trabalhadores e a suas organizações a criação comitês de autodefesa, tanto na cidade como no campo, e que seja desatada uma campanha de massas em prol do direito irrestrito ao armamento, pois é única maneira de o trabalhador se proteger contra o aparato repressivo do Estado burguês