O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou, nesta segunda-feira (24), que Élcio Queiroz, ex-policial militar, confessou por meio de uma delação premiada que Ronnie Lessa, policial militar reformado, matou Marielle Franco. Ele também confessou a sua participação no crime, bem como a de Maxwell Simões Corrêa.
Lessa já está preso preventivamente desde 2019, aguardando júri popular. No começo da manhã, Maxwell Simões, ex-bombeiro, foi preso pela Polícia Federal (PF). Ele já cumpria uma pena de 4 anos em regime aberto.
O instituto da delação premiada é utilizada como uma forma de tortura por parte dos agentes estatais para obrigar réus fazerem confissões de acordo com os interesses da burguesia.
Assim, deve-se olhar com ceticismo essa confissão, afinal, Ronnie Lessa estava preso há 5 anos, de forma que poderia perfeitamente delatar algo falso, a mando do Ministério Público e do Judiciário, a fim receber os benefícios advindos da delação premiada.
Esse tipo de situação já foi vista inúmeras vezes no âmbito da Operação Lava Jato, de forma que não seria surpreende se o mesmo estiver ocorrendo nesse caso.