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Pau mandado

Boric, bebê de proveta do imperialismo

Gabriel Boric que tanto gosta de cobrar o respeito aos direitos humanos em outros países, deveria fazer a lição de casa e libertar os presos políticos no Chile

boric marionete

Gabriel Boric, presidente do Chile, na última terça–feira (18), na reunião da Celac-UE, em Bruxelas, confrontou o presidente Lula ao declarar que todos os líderes da América Latina deveriam condenar a Rússia na questão da Ucrânia.

Boric é um tipo de político cada vez mais comuns que precisam ser combatidos, pois são apresentados como uma ‘nova esquerda’. Na realidade, são bebês de proveta do imperialismo, cultivados com muito investimento que fica disfarçado no financiamento das ONGs.

Esses políticos, em geral, são figuras avulsas, desconhecidas, são alçadas a posições de grande liderança, como é caso de Guilherme Boulos, que despontou no movimento Não Vai Ter Copa, bancado por ONGs internacionais, como a Fundação Ford, para atacar a presidenta Dilma Rousseff. Boulos logo ganhou espaço na imprensa burguesa, se tornou colunista na Folha de São Paulo, onde atacava especialmente a política econômica do governo petista.

Boulos trabalha no IREE, um instituto ligado à CIA por meio da Global Americans. No IREE trabalham figuras de proa no golpe de 2016, como o general Sérgio Etchegoyen, Leandro Daiello (chefe da Polícia Federal durante a Lava Jato) e Raul Jungmann (ministro de Temer).

O uso de figuras desconhecidas é uma tática amplamente utilizada pela direita e extrema-direita. Ex-integrantes do MBL, artistas, o próprio Jair Bolsonaro, todos têm em comum o fato de serem ‘novos’ na política ou até mesmo pessoas ‘fora do sistema’.

“Nós avisamos”

Gabriel Boric vinha sendo festejado pela imprensa de esquerda no Brasil e todos torciam por sua vitória. A direção do PSOL chegou a comparecer à sua posse. De nossa parte, já vínhamos alertando que Boric era um direitista que se apresentava como esquerda.

Embora o presidente chileno costume pregar a soltura de presos políticos na Venezuela ou na Nicarágua, ele próprio não anistia os presos que se insurgiram contra o governo do fascista Sebastián Piñera, ex-presidente chileno.

O recado que Gabriel Boric está passando é o seguinte: se você é de esquerda e é contra os governos fascistas, não não faça nada, não se manifeste, pois irá para a cadeia.

Boric chegou ao poder porque se aproveitou do prestígio que o Partido Comunista tinha alcançado, tendo seu candidato à frente nas pesquisas. Após uma brecha e em uma campanha na qual foi amplamente apoiado pela direita e pelo imperialismo, Gabriel Boric acabou sendo votado para ser o candidato da esquerda.

Identitarismo

Outra característica de Gabriel Boric é sua adesão ao identitarismo, outra ideologia financiada pelo imperialismo para dar um ar de esquerda a seus defensores. No Brasil isso fica evidente na figura do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que, em vez de lutar pelos direitos humanos, se empenha em criar novos crimes e aumentar penas para crimes morais, como crimes contra a honra: difamação, injúria etc.

Os identitários, embora estejam principalmente em partidos de esquerda, defendem apenas que indivíduos de determinadas minorias atinjam “postos de mando”, ou “posições de poder”. O sistema em si, o capitalismo, que deve ser combatido, acaba se tornando o objetivo dessas pessoas. Efetivamente, alguns identitários alcançam postos de poder. O próprio Silvio Almeida é integrante do IREE, onde está Guilherme Boulos. Será coincidência?

Altos investimentos

Identitários como Gabriel Boric, que fez demagogia montando um gabinete com muitas mulheres e causou frisson ao discursar na língua dos Mapuche, estão a cada dia mais presente na política. Muitos são ‘influenciadores’, ‘webcomunistas’, como Jones Manoel, do PCB, que disse não haver problemas em se receber dinheiro de ONGs, pois elas geram emprego. Há também indígenas como Sônia Guajajara (ministra no governo Lula) que não teve como esconder que fez turnê pela Europa com dinheiro da Fundação Ford.

Nas universidades são gastos milhões em bolsas de estudo financiadas pelo imperialismo, desde que tratem de temas como identitarismo, ‘decolonização’, ‘mudanças climáticas’, ‘estados plurinacionais’ etc., temas que interessam à direita para enfraquecer e dividir a esquerda.

Esses investimentos não são em vão, a vice-presidente da Colômbia, Frância Márquez, coordenou a Fundação Foro Suroccidente, que se apresenta como uma entidade que ‘luta pelo fortalecimento da democracia’, mas que tem entre seus financiadores a Fundação Ford e a USAID.

No Brasil, o investimento do Brasil em Guilherme Boulos (PSOL) está fazendo com que o PT, o maior partido brasileiro, ao qual pertence o presidente da República, apoie sua candidatura em São Paulo.

Denunciar e combater

É preciso denunciar esses elementos, como Gabriel Boric, pois ele não é uma figura isolada. Já os vemos na presidência e vice-presidência de países, nos ministérios, nos congressos e, invariavelmente, são figuras direitistas que estão servindo aos interesses do imperialismo.

Boric é um bebê de proveta do imperialismo, mas existem muitos outros, cuja função é impedir o desenvolvimento econômico de países atrasados, aumento de repressão contra a classe trabalhadora, crítica de países ou regimes desafetos dos interesses do grande capital.

Temos que dizer ainda que Gabriel Boric ter defendido abertamente os interesses do imperialismo na Celac-UE não foi um raio em céu azul, ele já vinha dando mostras do quanto era direitista. Por isso, a esquerda precisa ficar atenta, é preciso ser crítica, pois depositar esperanças nesses falsos esquerdistas é fortalecer nossos inimigos de classe.

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