O sindicato dos rodoviários de Recife realizaram, na última quinta-feira (20), assembleia em sua sede, com a presença de mais de 200 trabalhadores, onde foi aprovado por unanimidade a deflagração da greve da categoria, que terá início na próxima quarta-feira, dia 26 de julho.
A categoria está em campanha salarial e o sindicato vem realizando várias paralisações, ao longo das últimas duas semanas, com amplo dos trabalhadores. As garagens de empresas como a Metropolitana, Rodotur, Borborema, Itamaraca e 1002 tiveram suas atividades interrompidas parcialmente como forma de pressão, para viabilizar um canal de diálogo com o sindicato patronal, reunido no consórcio da Urbana-PE e Conorte.
Os trabalhadores rodoviários reivindicam reajuste de 10 % acima da inflação (incorporando a índice que corresponde ao último período), além do reajuste de R$ 600 no “vale” refeição e de R$ 400 na cesta-básica entre outros benefícios.
O impasse na negociação da pauta de reivindicações da categoria com a patronal, devido a obstrução de qualquer canal de diálogo com a Urbana-PE e o Conorte, conduziu consequentemente a que o sindicato, com apoio da categoria, decretasse greve geral.
Além dos rodoviários, também estão em campanha salarial neste momento os metroviários (PE) e ferroviários, cujo sindicato representa os estados de AL, PE e PB. Diante da tensa negociação da patronal, os metroviários também ameaçam deflagrar greve da categoria.
É preciso cercar de apoio a mobilização dos rodoviários e defender a unificação dos trabalhadores dos transportes. Dessa forma, colocar os patrões e seus governos contra a parede para arrancar suas reivindicações.
Diante da situação de arrocho salarial e ataques aos seus direitos por parte da burguesia golpista, o clima no interior da classe operária começa esquentar por categorias fora dos grandes centros.
É preciso que a Central Única dos Trabalhadores e os sindicatos quebrem a paralisia atual e chamem uma mobilização unificada no Recife, bem como, em outras capitais e em todo o País, em torno de reivindicações centrais dos trabalhadores e pela reconquista do que foi roubado nos governos golpistas de Temer e Bolsonaro.