Há 20 anos, por volta das 10h da terça-feira, 22 de julho de 2003, os EUA cercaram a casa de Nawaf al-Zaidan na cidade de Mosul. Existiam 4 pessoas na casa: os dois filhos de Saddam Hussein Uday e Qusay Hussein; o neto de Saddam, Mustafa; e um guarda-costa chamado Abdul Samad al-Hadushi. Os EUA obtiveram a informação da localização dos filhos, pois o próprio dono da Casa, Nawaf al-Zaidan, entregou a posição para o exército americano.
A operação americana durou 4 horas. Em torno de 250 soldados americanos cercaram a casa com apenas 4 pessoas. O poder de fogo que usaram contra a casa leva indícios que os EUA não queriam prendê-los. E mesmo o neto de 14 anos, que sobreviveu ao bombardeio à casa, foi assassinado depois de atirar contra os soldados, isso segundo os EUA. E mesmo se ele tivesse atirado, não seria muito difícil de prendê-lo, se eles quisessem.
A invasão do Iraque usou mentiras sobre o programa de desenvolvimento de armas de destruição em massa pelo Iraque, que simplesmente não existiam, e a alegada colaboração de Saddam Hussein com a Al-Qaeda. Tudo uma farsa para a invasão. Um general americano, Wesley Clark, em uma entrevista de 2007 para a Democracy Now, afirmou que o plano era derrubar 7 países em 5 anos. Começando com o Iraque, depois Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão e Irã.
O Iraque foi completamente destruído. Segundo este artigo The physical destruction of Iraq’s infrastructure in the “Gulf War, as forças militares do imperialismo destruíram uma boa parte das grandes infraestruturas civis, incluindo a maioria das usinas de energia e instalações de transmissão, represas multiuso, refinarias, fábricas de processamento de alimentos, armazéns de armazenamento de alimentos e sementes, moinhos de farinha, uma fábrica de laticínios, refinarias de açúcar, uma fábrica de seringas, sistemas de telecomunicações, instalações de irrigação, tratamento municipal de água e esgoto fábricas, uma instalação de fabricação de vacinas veterinárias, veículos civis, estradas, ferrovias, aeroportos, pontes e numerosas instalações industriais, comerciais, educacionais, religiosas e culturais. E a capital foi amplamente bombardeada e mostrada ao vivo nas televisões.
A maioria desses países sofreu ataques do imperialismo após 2007. A Síria e Líbia sofreram com revoluções coloridas patrocinadas pelos EUA e posteriormente guerra civil. A Somália tem sido bombardeada pelos EUA até hoje, mas pouco noticiado na imprensa e contra supostos terroristas. O Sudão foi dividido em 2011. O Líbano não sofreu uma guerra civil, mas teve seu porto explodido por um acidente com diversas teorias e até passado por manifestações puxados por um movimento chamado “vem para rua”. E o Irã também sofreu com revoluções coloridas, mas conseguiu resolver os problemas e manter-se soberano.
O imperialismo invadiu boa parte daqueles países citados na entrevista de 2007, só errou na duração, não foi em 5 anos, mas em 20 anos.