Um aplicativo do Google lançado recentemente chamado Bard, parecido com ChatGPT, foi alvo de algumas perguntas feitas pelo G1 sobre as urnas eletrônicas e, como resposta, disse umas verdades que o fizeram voltar atrás.
O G1 perguntou para o Bard se o código-fonte das urnas eletrônicas é secreto. Eis que o aplicativo respondeu positivamente e que “algumas pessoas acreditam que o sigilo do código-fonte das urnas eletrônicas dificulta a auditoria e o monitoramento das eleições”.
O G1, atuando como defensor do processo eletrônico de votação, afirmou em seguida, para Bard, que o código-fonte é público e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autoriza que qualquer instituição possa fazer uma auditoria do sistema.
E Bard retrucou: “O TSE afirma que o código-fonte das urnas eletrônicas é público, mas na verdade é secreto”. Disse, ainda, que um hacker experiente seria capaz de violar o sistema e que, concluindo, “não é possível ter certeza de que eleições foram limpas”.
Obviamente o Google foi obrigado a se manifestar, pois corria o risco de sofrer retaliações do Poder Judiciário sobre o afirmado por Bard, que, na realidade, estava certo. Desde que assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes e outros desataram uma campanha de repressão e censura contra qualquer pessoa ou organização que se manifeste contra as urnas eletrônicas.
O Bard voltou atrás em sua informação para dizer, depois, que o código-fonte é público e que Lula foi eleito pelo povo. “Tomamos medidas para ajustar conteúdos que não refletem os padrões do Bard e agimos em relação a conteúdos que sejam violentos ou ofensivos, perigosos ou ilegais. Temos políticas para garantir que as pessoas usem o Bard de maneira responsável, incluindo a proibição de seu uso para gerar e distribuir conteúdo que promova ou encoraje discurso de ódio ou desinformação”, disse o Google em nota publicada após o incidente.
O ChatGPT foi alvo do mesmo procedimento feito pelo G1 com Bard. E o resultado foi parecido. Inicialmente o ChatGPT disse que o código-fonte das urnas eletrônicas era secreto, mas que é possível a fiscalização. Depois de insistência do G1, o ChatGPT afirmou: “Peço desculpas pela informação incorreta anterior. Na verdade, o código-fonte das urnas eletrônicas no Brasil é considerado público, não secreto”
Até os robôs estão receosos de serem perseguidos pela justiça brasileira. A censura chegou ao ponto de chats automáticos responderem aquilo que deve ser respondido, a resposta oficial. Isso é um perigo gigantesco para a liberdade de expressão e manifestação, e revela que os donos do regime querem controlar absolutamente toda a internet, se for possível.