A FIFA publicou recentemente um balanço dos valores pagos aos clubes por jogadores cedidos para as seleções durante a Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Os números servem para demonstrar como existe uma pressão para a convocação de jogadores de times europeus, eis que recebem mais por seus jogadores cedidos.
Para se ter uma ideia, o inglês Manchester City foi o clube que mais recebeu dinheiro pelos atletas que foram cedidos para atuar na competição, chegando a R$ 22 milhões, ficando à frente do Barcelona, que faturou R$ 21,7 milhões.
O processo de importação de jogadores para a Europa fica um pouco mais nítido. Os europeus tiram os jogadores da América e da África para lucrarem na Europa, para fazer o dinheiro circular no mercado europeu. Depois os capitalistas do futebol europeu ainda ganham mais quando estes jogadores são convocados pelas seleções de lá, ou seja, lucram em dobro, e os países de origem dos jogadores bem como seus clubes ficam com praticamente nada.
Considerando os países, no ranking, os times ingleses foram os que mais receberam dinheiro como compensação pelos atletas cedidos para a Copa do Mundo de 2022: um total de US$ 37,7 milhões. Depois vêm a Espanha (US$ 24,2 milhões) e a Alemanha (US$ 21 milhões), ou seja, o dinheiro mesmo vai para os países europeus, e é daí que nasce parte da pressão contra o futebol brasileiro.