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Lobby pela vacina da Pfizer

Mais um escândalo envolvendo a Pfizer

Descoberta do financiamento da empresa norte-americana para ONGS e defensores da obrigatoriedade da vacinação comprova a importância de um debate sem limites morais

A empresa norte-americana Pfizer teria financiado diversas organizações comunitárias de direitos civis, de defesa do consumidor ou de saúde pública e grupos de lobby para convencer a população do país da correção da adoção de leis e determinação de obrigatoriedade de vacinação principalmente para os trabalhadores nos Estados Unidos da América. É o que diz o jornalista norte-americano Lee Fang, segundo denunciou em seu blog no dia 24 de abril baseado em um relatório da própria Pfizer de 2021, onde estão relacionados quem recebeu fundos da famosa “Big Farm”.

A lista de doações, com 28 páginas, inclui grupos médicos, doutores, grupos de defesa do consumidor bem como as organizações de direitos civis, de saúde pública e de grupos de lobby e pode ser vista no blog do ex-integrante do portal The Intercept.

Na reportagem, Lee Fang aponta que muitos dos relacionados não declaram o recebimento destes fundos oriundos da gigante farmacêutica; enquanto ao mesmo tempo defendiam adoção de políticas de obrigatoriedade de vacinação dos trabalhadores para a manutenção dos empregos.

As medidas foram efetivamente adotadas em vários níveis da administração pública e por extensão das empresas privadas. Segundo Fang diferentes determinações, algumas que sobrepunham entre si. A nível federal, o governo Biden emitiu um ordem executiva, derrubada depois nos tribunais, determinando a vacinação em empresas com mais de 100 empregados. Inúmeros governos estaduais e locais forçaram os funcionários a ser vacinarem e tentaram forçar o setor privado a obrigar seus empregados igualmente. O jornalista relembra que grandes empregadores exigiram dos seus trabalhadores que se vacinassem se quissem manter os seus empregos.

Os críticos destas determinações de obrigatoriedade da vacinação diziam que elas não consideravam a imunização natural daqueles que já tinha sido infectados. Os defensores das medida diziam que a vacinação obrigatória iria evitar a disseminação da doença.,mesmo sem uma sólida base cientifica que desse um suporte a esta suposição. Uma suposição que não se comprovou e sim ela reduziu a possibilidade de óbitos e de complicações médicas devido a Covid-19.

Os estudos realizados sobre os efeitos da Covid-19 apontaram que a idade era o maior fator de risco somado a obesidade e as doenças preexistente principalmente respiratórias e cardíacas.

Logo o correto em termos científicos seria vacinar a população idosa mundial primeiro. Só que diferente do que a esquerda pequeno burguesa a Ciência é algo abstrato e não esta acima da política.

Tanto que em agosto de 2021 segundo a Organização Mundial de Saúde das 4 bilhões de doses de vacinas, mais de 80% foram administradas foram para países ricos. Enquanto os países mais pobres não tinha acesso as vacinas por não poderem pagar os valores praticados pelas empresas farmacêuticas.

O lobby pela vacinação não parou na obrigatoriedade da vacinação dos trabalhadores. Mais recentemente a Food Drug Administration (FDA), agência de saúde equivalente a Anvisa nos EUA, autorizou o uso emergencial da vacina da Pfizer para crianças entre 11 anos e 5 anos em outubro de 2021, para crianças menores de cinco anos e bebes maiores de seis meses em junho de 2022, sem preocupação com possíveis efeitos de longos prazo.

Efeitos, ainda que raros, podem acontecer como no caso do imunizante Pandemrix, contra a gripe suína, quando depois de algum tempo da sua introdução, identificou-se a possibilidade de provocar narcolepsia ou doença de sono em alguma situações. Por isto ela deixou de ser autorizada na União Europeia.

Contudo isto não foi um empecilho para aprovar a vacinação para praticamente todas faixas etárias em pouquíssimo tempo. Mais uma comprovação da pressão capitalista em busca de lucros crescentes sem considerar as condições sanitárias da população.

É inegável que a pressão destas empresas farmacêutica foi favorecida pela interdição do debate sobre a questão da Covid e as políticas adotadas pela burguesia durante a pandemia.

Quem defendia o direito da pessoa não desejar receber uma vacina criada a toque de caixa com um tempo de pesquisa bem menor do que o normal era acusado de lunático ou de emissário da morte. Todos seriam obrigado a aceitar as decisões estabelecidas pelo Estado sem questionamento.

Quem defendia a necessidade da presenças dos representantes dos trabalhadores para acompanhar o desenvolvimento das vacinas ou que as patentes das vacinas fossem quebradas para que outras empresas e os próprios países mais pobres fabricassem os seus imunizantes era visto como ingênuo ou iludido.

A reportagem de Lee Fang, ao expor como setores que se diziam isentos e preocupados com a população sem deixarem claro sua ligação com uma empresa ansiosa em vender o máximo possível de produto, comprova a necessidade do livre debate, do questionamento das politicas propostas e a exigência da transparência e do acompanhamentos externos por conselhos populares independentes de qualquer Estado.

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