A CBF anunciou no último dia 3, o nome do técnico Fernando Diniz para, interinamente, treinar a Seleção Brasileira enquanto aguarda a chegada do italiano Carlo Ancelotti (atualmente treinador do Real Madrid), que assumiria como efetivo em meados do próximo ano.
A decisão dos que comandam a entidade maior do nosso futebol é totalmente descabida e completamente absurda, ante o fato do Brasil não somente ser o único País pentacampeão do mundo e daí o caráter esdrúxulo de trazer um estrangeiro que nunca dirigiu nem mesmo a seleção do seu País (Itália), como o fato de existir aqui um enxame de bons técnicos, como Dorival Júnior, Mano Menezes, Odair Hellmann, Luxemburgo, Felipão e outros.
Trata-se de um ataque, impulsionado pelos grandes monopólios capitalistas ligados ao esporte, no “melhor” estilo golpista contra o mais aplaudido futebol do mundo, uma tentativa de destruir e desmoralizar um patrimônio nacional, respeitado e cultuado em todo o mundo.
Escalado, Fernando Diniz deve ser apoiado e permanecer como o técnico efetivo da nossa seleção, e não como reserva de gringo. A efetivação de um técnico nacional se impõe como uma necessidade, pois o selecionado nacional terá pela frente, já neste ano, compromissos importantes, como as partidas válidas pelas eliminatórias da copa do mundo de 2026. No próximo ano, será a vez da Copa América, que será disputada nos EUA. Devemos esperar pela chegada de um técnico estrangeiro para daqui a um ano, quando as competições já estiverem em andamento? A resposta é uma só: Obviamente que não!
Para reforçar o time dos que não querem treinador estrangeiro dirigindo o futebol pentacampeão do mundo, entrou em campo um torcedor de peso, autêntico defensor do futebol brasileiro.
Trata-se de ninguém menos do que o presidente Lula, que já se posicionou claramente em defesa de Fernando Diniz como técnico efetivo. As palavras do presidente sobre a vinda de um técnico estrangeiro foram claras e taxativas: “Ancelotti nunca foi técnico da Itália. Por que ele não resolve o problema da Itália, que nem disputou a última Copa do Mundo?” (Portal R7, 06/7). Não somente a última Copa, pois a seleção italiana ficou fora das duas últimas competições, em 2018 e 2022.
A posição do presidente Lula confronta diretamente com a política da direção da CBF, que está à espera de Ancelotti para 2024. Trata-se de uma postura de desvalorização e ataque ao melhor futebol do mundo, em benefício – conforme já foi dito – dos interesses capitalistas, alheios ao interesse nacional, da nossa tradição, da nossa cultura.
Sem meias-palavras, Lula defendeu abertamente a efetivação de Fernando Diniz. “Gosto da criatividade do Diniz, da personalidade. Acho que é uma chance boa e acho que ele vai aproveitar bem.”, declarou o presidente Lula.
Defendemos que haja uma campanha nacional ampla e vigorosa em defesa de um técnico nacional para o selecionado brasileiro. O nome de Diniz aparece como ótima escolha, não como interino, mas como efetivo e esse deve ser o grito de guerra do torcedor brasileiro. Não aos estrangeiros; sim aos brasileiros!