Reinaldo Azevedo desde a prisão de Lula, vem procurando se colocar como porta-voz da esquerda pequeno-burguesa para assuntos jurídicos. O inventor do termo “petralha” – para designar todo e qualquer militante do PT -, por falta de memória da esquerda, vem ocupando um espaço cada vez maior junto a esse espectro político.
De assessor para assuntos jurídicos, Reinaldo Azevedo também vem sendo utilizado para assuntos econômicos. Malandramente, Reinaldo Azevedo entrevistou a senadora Kátia Abreu – seu próprio canal -, e de forma marota, perguntou: “Um partido de esquerda raiz faria um Plano Safra?”.
O nível de malandragem de Reinaldo Azevedo é fácil de perceber: aquele que foi um dos maiores representantes do golpe, agora novamente vai se posicionando no campo econômico como instrumento golpista novamente. Com a questão meramente retórica, Azevedo pretende dizer que a esquerda não pode mirar o crescimento econômico.
Azevedo é um ideólogo conhecido por sua visão neoliberal, não tem absolutamente nada nem de centro, muito menos de esquerda, que ao ter se aproximado de setores de esquerda, agora prepara esses setores para dizer o que elas não podem fazer. Assim, quando Reinaldo de Azevedo tenta dizer que o “Plano Safra” não é algo que uma “esquerda raiz” faria, no fundo está jogando a esquerda contra Lula.
Lula vem se equilibrando entre a sabotagem de setores do governo, a do Congresso Nacional e da direita brasileira. Junta-se ao coro diversos partidos já experientes em impulsionar golpes de Estado como o PSTU e o PSOL, além do PCB de Jones Manoel.
É preciso aqui reafirmar a defesa do governo Lula contra qualquer tentativa de golpe, e acrescentar que mesmo o PT sendo um partido bastante moderado, o Plano Safra é uma medida que impulsiona diversos segmentos do meio rural e da própria indústria nacional, e essa medida vai ao encontro da defesa do desenvolvimento das forças produtivas.
Jones Manoel e seu endosso à direita
Como postulante a figura destacada entre seus pares na esquerda pequeno-burguesa, Jones Manoel tenta a todo custo se manter em destaque com os ataques à Lula e ao PT. Na tática de Jones Manoel vale tudo, até mesmo se pendurar no saco de Reinaldo Azevedo e Walfrido Warde, do IREE, uma instituição ligada à CIA, por intermédio do NED.
Entre as mais diversas postagens do diletante do PCB, há tentativa diária em colar o rótulo de que o PT é um partido de centro, não um partido de esquerda, o que é um delírio de quem se auto-intitula “revolucionário”. Até mesmo Jones Manoel, um personagem pró-imperialista, é de esquerda. Muito embora a função de Jones Manoel seja a de minar o governo do PT, assim como a direita, não podemos chamá-lo de alguém de esquerda, muito menos Lula, que embora seja conciliador, adota uma postura de enfrentamento ao imperialismo.
Em uma das últimas postagens, Jones Manoel se dedicou a comentar um vídeo útil para a direita atacar Lula sem fundamento ou base na realidade. Entre os mais diversos absurdos tratados na entrevista claramente de caráter golpista, ocorreram contradições durante a própria conversa, como o fato de Lula estar investindo mais na agricultura familiar a partir de outros programas para o desenvolvimento agrário. Porém, na ânsia de Jones Manoel em comentar nas redes, nem precisou flagrar essa contradição, bastou a interrogação retórica para se posicionar exatamente ao lado dos membros do IREE/KOPE.
O que Jones chamou de “diagnóstico”, não passa de uma forma de desmoralizar a esquerda brasileira, por meio do ataque ao PT. O que quer o diletante do PCB é tentar, a base do vale tudo, atacar Lula e o PT para tentar depois aproveitar o “espólio” eleitoral do partido, o que não faz o menor sentido para os revolucionários de verdade.
O diletante e possível candidato à uma vaga no IREE/KOPE, se projeta como “marxista” de estimação do imperialismo, um verdadeiro capacho a serviço dos interesses externos. Cabe aos revolucionários organizar os trabalhadores para enfrentar o imperialismo e a direita brasileira, atuando para direcionar os operários para um governo dos trabalhadores, porém, Jones Manoel se coloca ao lado do sectarismo e com isso impulsiona o golpismo.