Além de sinuca, ping pong, poker e xadrez, bem como futebol ou subir o pico do Jaraguá, temos agora a mais nova atividade dos jovens revolucionários no Acampamento do Férias da AJR: o RPG. É uma sigla para o nome em inglês Role Playing Game, em português Jogo de Interpretação de Papéis. É um jogo de cooperação e interpretação, em que os jogadores criam seus personagens e, juntamente a um mestre, desenvolvem uma história com o apoio de dados e estatísticas.
Esse tipo de atividade promove a integração da juventude, promovendo uma interação entre os jovens para que se conheçam e estejam em sintonia.
O conceito de RPG foi criado em 1974 por Gary Gygax e Dave Arneson. Eles conceberam o universo de Dungeons & Dragons (D&D) – masmorras e dragões em tradução livre – o mais comum para histórias de RPG até os dias de hoje. Trata-se de um ambiente de fantasia medieval com dragões, elfos e orcs, entre muitos outros.
Para jogar dentro do sistema proposto no D&D, os jogadores terão de dividir pontos numéricos de habilidades, como Destreza, Força, Inteligência, Sabedoria, Constituição e Carisma para seu personagem na história.
- Destreza: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem de equilíbrio, balanço ou agilidade.
- Força: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem de força física.
- Inteligência: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem de conhecimento acadêmico.
- Sabedoria: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem dos conhecimentos não acadêmicos ou de magia.
- Constituição: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem de resistência física. Por isso, também é usado para calcular os Pontos de Vida (o que explicaremos em seguida).
- Carisma: a capacidade do personagem do jogador de fazer ações que necessitem de habilidades sociais.
Um possível uso dessas habilidades seria: alguém jogando como um ladrão precisa fazer uma ação que demanda furtividade, então, com o consentimento do mestre, ele usa seus pontos de destreza, estipulados na criação do personagem, para serem somados a uma rolagem de um dado com 20 lados, um D20. O mestre estipulará, de acordo com a dificuldade da situação, um valor mínimo para essa soma para que a ação seja concluída com sucesso. Em caso contrário, o jogador falhará.
Além disso, a habilidade de Constituição também é utilizada para calcular os PV (Pontos de Vida) do personagem (PV = [Constituição x 2]+10). Eles são usados para medir o dano recebido pelo jogador. Caso ele perca todos seus PV, ele terá de rola os saves (resgates): ele terá de executar uma rolagem em melhor de três para evitar sua morte. Conforme os PV forem perdidos, também haverá penalidades nas ações do personagem.
Há histórias pré-feitas, com o enredo previamente definido, e histórias feitas pela interação dos personagens com o mestre e os dados. Dessa forma, algumas são feitas antes do jogo e algumas durante, mas todas elas têm a possibilidade de improviso tanto na parte do mestre quanto na dos jogadores.
É sobretudo um exercício imaginativo dos jogadores e descritivo do mestre. Este narra a situação; aqueles a compreendem para realizar ações e solucionar os enigmas propostos, com o auxílio da rolagem de dados e das habilidades.
