Nessa terça-feira (4), um juiz federal do Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, restringiu algumas agências e funcionários governamentais do presidente Joe Biden de se reunir e se comunicar com companhias de redes sociais para moderar o que é conhecido como “fake news”.
A ordem vem em resposta a uma ação movida pelos procuradores-gerais republicanos de Louisiana e Missouri, que dizem que as autoridades do governo dos EUA foram longe demais no que foi claramente uma ampla operação de censura
De acordo com a decisão, agências governamentais como o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e o FBI não podem se envolver com empresas de mídia social “para incitar, encorajar, pressionar ou de qualquer forma induzir a remoção, exclusão ou redução do conteúdo da mídia social”. Algo que viola a Cláusula de Liberdade de Expressão da Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
A ordem judicial restringiu funcionários, incluindo o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, e a chefe da Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética, Jen Easterly.
Em uma decisão no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste da Louisiana, o juiz Terry Doughty fez algumas exceções às comunicações entre funcionários do governo e empresas, incluindo avisos sobre riscos à segurança nacional e atividades criminosas.
A decisão, relatada pela primeira vez pelo The Washington Post, marca uma vitória para os republicanos que estão processando o governo Biden, acusando-o de usar a crise de saúde da COVID-19 e a ameaça de desinformação como desculpa para impor uma ampla censura.
As autoridades dos EUA argumentaram que pretendem conter a desinformação sobre as vacinas do covid para reduzir as mortes evitáveis, uma justificativa farsesca refutada pelo regime de terror que o imperialismo impõe sobre o mundo.