O uso de demagogia num país no autointitulado “arsenal da democracia”, os Estados Unidos, é uma tradição para desviar e dividir a população dos assuntos primários. O alvo dessa nova demagogia são as mulheres, se criando uma falsa batalha sobre se a mulher tem ou não a liberdade judicial para controlar a natalidade.
O aborto é uma questão social e um problema relativo às liberdades individuais e deve ser tratada como tal, pois se refere a um indivíduo e seus direitos a controle. Assim como nos EUA alguém escolhe se quer tomar ou não vacina, mesmo que isso seja um risco não apenas o indivíduo, mas para a sociedade, por que o aborto seria uma liberdade a ser debatida?
A decisão de deixar o aborto (autointitulada pelos conservadores estadunidenses de pró-vida) como um assunto a ser decidido a nível estadual tomada pelo Supremo norte-americano deixa todas as mulheres nesta decisão a caprichos dos governadores. Isto elevou o número de mortes entre a classe operaria, dessa vez sem distinção entre minorias raciais (uma raridade nesse país).
A política “pró-vida”, levou a mais que o dobro entre o número de mortes entre as mulheres grávidas, indo de 505 mortes em 1999 a 1.210 em 2019, ou seja, um aumento de 139% nesses 10 anos. A repressão ao aborto não passa de uma fantasia vendida à população, na qual uma decisão moral leva à morte e a sequelas em seres humanos. As consequências fatais dessa decisão será deixada na mão dos governadores, tanto é que os estados mais conservadores foram o mais afetado por esta decisão do Supremo.
A realidade é que esse debate puramente demagógico e idealizado não leva em conta as condições da realidade de seus cidadãos, na mesma época onde os EUA enviam armas para proteger a “democracia e independência ucraniana”, sua política interna ataca a liberdade debaixo do seu próprio teto. É uma grande demagogia que serve par aoprimir as mulhares, prova disso é o fato de que o regime norte-americano é o mais genocida de toda história da humanidade.
Enquanto defendem a vida, geram morte, enquanto defendem a família, a destroem economicamente, na suposta defesa da mulher, as punem. Até os sofistas ficariam com inveja do nível de demagogia que a política ianque chegou nessa fase do imperialismo.