Com cerca de 100 trabalhadores, o frigorífico Kienast, empresa do grupo Adeste, localizada em Santo André, cidade do grande ABC paulista, está fazendo de seus trabalhadores verdadeiros escravos.
Em denúncia feita pelos operários da fábrica de condimentos para fabricação de linguiça, incluindo tripas, temperos etc., aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo, foi relatado que não existe hora nem dia para os trabalhadores, inclusive aos sábados, domingos e feriados, exercerem as suas funções.
É importante salientar que o período estipulado de trabalho é somente de segunda a sexta-feira.
Conforme a denúncia, quando os patrões bem entendem, convocam seus funcionários para trabalhar em forma de banco de horas, porém nunca é pago e, ainda por cima, os operários, quando trabalham dentro do frigorífico aos domingos e feriados, o que é uma rotina, além de não receberem hora-extra em dobro, no esquema de banco de horas, quando é pago, é contado somente como um único dia de trabalho. Ao mesmo tempo, há falta de equipamentos de proteção e segurança, manutenção de máquinas e equipamentos, dentre outras.
Os operários do frigorífico disseram que essa atitude vem sendo imposta principalmente após o período da pandemia da COVID-19.
O ataque aos trabalhadores desde o golpe
Desde 2017, com o ataque do golpista Michel Temer aos direitos dos trabalhadores através da reforma trabalhista, bem como com a continuidade dos ataques do escolhido do golpe, Jair Bolsonaro, os trabalhadores estão sofrendo um brutal ataque.
O Kienast, do grupo Adeste, não é um fato isolado, o JBS/Friboi, BRF-Brasil Foods, Marfrig, Minerva, entre várias outras são, também, responsáveis por tamanha atrocidade contra os trabalhadores.
É preciso agir
É necessária uma ampla luta contra este brutal ataque ao conjunto dos trabalhadores, através das direções do movimento operário, tendo como linha de frente a Central Única dos Trabalhadores (CUT).