Com mais de 700 participantes começou ontem (dia 29), em Brasília, a 26ª edição do Foro de São Paulo, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura oficial, realizada à noite.
Participam do evento cerca de 170 representantes dos partidos membros do Foro dos Países da América Latina e do Caribe, além de cerca de 80 convidados de partidos tidos como parceiros, e cerca de 300 delegados nacionais, incluindo dirigentes das mais importantes entidades do movimento de luta dos trabalhadores do País, como a CUT, MST etc.
Contra o neoliberalismo
O Partido da Causa Operária (PCO) participa – pela segunda vez – como convidado do Foro.
Atacado pela direita pró-imperialista, o evento ocorre depois da importante vitória de Lula no Brasil, que no período da realização do último encontro (2019, na Venezuela) estava preso e foi amplamente defendido pelo Foro; bem como depois de outras importantes vitórias eleitorais, e quando a esquerda latino americana que se vê, por um lado, forçada a um crescente enfrentamento com os EUA e demais países imperialistas diante da política colonial que adotam como “saída” para a crise. Por outro, é visível que setores dessa mesma esquerda, como o governo Boric, no Chile, juntamente com a direita latino americana, como o governo golpista do Peru, se colocam no terreno de uma submissão crescente diante dos EUA.
Um dos objetivos anunciados do Encontro é atuar diante da “necessidade de construir a integração de nossos países, proteger nossa natureza, povos e soberania além de lutar contra os efeitos do neoliberalismo em nossa regiã“‘, tarefas que segundo o próprio site oficial do Foro, “convoca – às forças progressistas, populares e de esquerda – a nos encontrarmos mais uma vez para refletir e debater nosso desafios e rumos“
Contra o bloqueio à Cuba
Durante o Foro, os delegados do PCO vão distribuir panfletos e cartazes da campanha que o Partido, juntamente com os Comitês de Luta e diversos grupos de solidariedade a Cuba, levam adiante, no Brasil (e também no exterior), contra o criminoso bloqueio que o imperialismo exerce contra o combativo povo cubano há mais de seis décadas, “antes de mais nada, um ato cruel e covarde contra toda uma população que tem o direito de seguir o próprio caminho”, como assinala panfleto distribuído no Encontro e em muitos outros eventos.
A Revolução Cubana é um marco para toda a classe trabalhadora internacional. Por isso mesmo, os Estados Unidos tentam a todo custo derrotá-la, sem sucesso.
O PCO defende que a esquerda realize uma campanha internacional em defesa do povo cubano e da revolução e leva essa proposta ao Foro, durante o qual vai procurar estabelecer e intensificar relações políticas com partidos e movimentos que levam adiante uma luta concreta em defesa das reivindicações dos trabalhadores e contra a opressão imperialismo.