Nesta semana, voltou a circular na imprensa o boato de que o Partido dos Trabalhadores (PT) iria apoiar o psolista Guilherme Boulos na disputa das eleições municipais de 2024. Tanto a CNN como o jornal Metrópoles, mais interessados em pressionar o PT para essa posição do que propriamente informar o que de fato está sendo discutido entre os partidos, afirmaram que as chances de o apoio a Boulos não vingar seriam baixas.
O interesse da imprensa em espalhar boatos e fofocas dessa natureza não vêm ao acaso. Essa já é parte da preparação da burguesia para impor goela abaixo o seu candidato para a esquerda: Boulos, o rapaz que participou do “Não vai ter Copa” e dos protestos contra o “ajuste fiscal da Dilma” e que é amigo e pupilo de Walfrido Warde, um homem com notórias relações com o imperialismo e com organizações financiadas pela CIA.
A cada etapa do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, Guilherme Boulos estava lá, estranhamente alinhado com bastante precisão aos interesses do imperialismo. Não é por acaso: como comprovaram as suas relações com o Instituto para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Boulos age em favor dos golpistas porque é umbilicalmente ligado aos golpistas. Entre os colegas de Boulos no instituto de Warde estão o general Sergio Etchegoyen e o ex-comandante da Operação Lava Jato Leandro Daiello.
Assim como a participação de Boulos nas manobras golpistas, a sua candidatura em São Paulo faz parte de um plano mais amplo. No caso das eleições municipais, o que está em jogo não é apenas a sua imagem, mas a tentativa de chegar ao controle do Partido dos Trabalhadores. Na prática, isso significa que o PT paulistano passaria às mãos das ONGs financiadas pelo imperialismo.
A candidatura de Boulos não traz nada de positivo para a esquerda. Pelo contrário: é um cavalo de Troia que visa contrabandear para o interior do movimento dos trabalhadores a política reacionária de alinhamento com o imperialismo.