Está cada dia mais claro que a política externa do governo Lula é independente e vai de encontro aos escusos interesses do imperialismo americano. Em dois artigos publicados por órgãos imperialistas, a think tank Global Americans e o jornal inglês Financial Times, praticamente declararam guerra à política externa brasileira. Os artigos foram analisados por esse Diário, que os destrinchou de forma didática, revelando toda a oposição e preconceitos que os americanos têm dos presidentes latino-americanos (como Nicolas Maduro), da promoção das moedas nacionais e da relação do Brasil com a China, podendo realizar uma reação golpista pior do que a de 1964 e 2016, possibilidades estas que seriam novamente uma grande tragédia para a nação brasileira.
“Embora os Estados Unidos e o Brasil nem sempre tenham estado de acordo, é difícil lembrar de uma época em que o gigante sul-americano abraçou de forma tão inequívoca ditaduras criminosas ou procurou forçadamente alavancar rivais extra-hemisféricos dos EUA e reunir a região contra os interesses dos EUA. Tampouco houve um momento na memória recente em que tantos líderes da região fossem politicamente receptivos a tal apelo”, diz o artigo da Global American.
Nessa semana, como cachorrinho fiel, o Estadão, jornal da burguesia brasileira aliada do imperialismo, também criticou a relação de Lula com a China tendo como alvo um artigo publicado no jornal Zero Hora (06/01/2023) do professor Elias Jabour, um dos diretores do banco BRICS indicado por Dilma Rousseff. Com artigo intitulado “O futuro do Brasil está do lado da China”, Jabour revela que a China promoveu a “maior transformação social da história da humanidade”, concluindo que o modelo híbrido chinês é um “grau máximo que a inteligência humana pode alcançar hoje”.
Apesar da possibilidade de discordamos do professor em alguns quesitos teóricos e práticos do socialismo a que ele se refere, para o Estadão a crítica não se concentra nesse sentido. O representante da burguesia e imperialismo no Brasil quer mesmo é atacar toda relação de independência e aliança do Brasil com qualquer outra nação, além de combater a política nacional que venha defender ferrenhamente nossas riquezas nacionais, alvo dos parasitas estrangeiros.
Segundo o jornal paulista, “O desafio requer realismo, nível razoável de consenso interno sobre o que queremos e boa capacidade de coordenação entre os diversos agentes da política externa. As ideológicas não podem ser a nossa estrela-guia”. A ideologia, nesse caso, só convém se for em prol da exploração imperialista.
Após seis meses de governo, Lula começa a traçar seu caminho de forma independente, às vezes contemplando os interesses estrangeiros, tendo que conter os infiltrados dentro de seu próprio governo; enfrentar as sabotagens do Banco Central; o golpismo e fisiologismo do Congresso, mas com total visão estratégica de que pode mudar a imagem do país e de sua missão em busca de uma grande reforma social que possa garantir uma melhor formação para seu povo. Com um povo fortalecido e com condições efetivas de lutar, derrotaremos o imperialismo, inimigo número um da humanidade.