O imperialismo fala em paz, mas provoca o caos. Embora Blinken tenha reafirmado que os EUA reconhecem o princípio de “uma só China”, o governo americano tem incentivado a independência de Taiwan nos últimos anos, aumentando a tensão na região. Como exemplo, a visita de Pelosi em Taiwan no ano passado e o incentivo para o Japão se militarizar contra a China.
A declaração de Blinken passa a imagem que os EUA querem estabilidade na região. Isso porque a diplomacia chinesa tem avançado muito e estabilizado algumas regiões, Irã e Arábia Saudita, por exemplo. A declaração também dá tempo maior para o imperialismo mover boa parte da produção de chips de Taiwan para os EUA ou Europa. Enquanto isso, a China continuará sua integração de Taiwan lenta, gradual e pacífica.
O Japão participou do Air Defender, manobra aérea da OTAN mobilizando 250 aeronaves de 25 países na Europa e os EUA, que têm realizado grandes investimentos para o aumento do exército japonês, como anunciado pelo secretário de defesa americano Lloyd Austin em uma recente conferencia em Singapura. Além disso, bombardeiros B-52 (aeronaves capazes de transportar bombas nucleares) foram enviados pela principal potência imperialista à Indonésia para um exercício militar em conjunto, o que gerou mais tensão no Pacífico. Finalmente, Washington enviou também o submarino nuclear USS Michigan para a Coreia do Sul, o que ajudou a aumentar as tensões com a vizinha Coreia do Norte.
Na Papua-Nova Guiné, um acordo de defesa assinado no final de maio concedeu aos militares dos EUA as bases militares do país asiático. Washington ganhou acesso irrestrito a locais para pré-posicionar equipamentos, suprimentos e materiais, e terá uso exclusivo de certas áreas de base onde as atividades de desenvolvimento e construção podem ser realizadas.
Portanto, o imperialismo está preparado um front no Pacífico contra a China, investindo em exércitos aliados, movimentando tropas e equipamentos para perto do gigante asiático. Certamente não é para desenvolver outra coisa que não seja sua política tradicional de devastação dos países atrasados e nem para respeitar a soberania chinesa.