A Prefeitura do Rio publicou edital de licitação do “projeto de Parceria Público-Privada (PPP)”, nome sofisticado para “privatização”. Essa privatização abrangerá serviços não assistenciais do complexo hospitalar Souza Aguiar, no Centro, o maior pronto socorro da América Latina.
A empresa vencedora ficará responsável pela gestão patrimonial, segurança, e serviços como alimentação e estacionamento. Anuncia-se mais de R$850 milhões em investimentos em reformas, modernização dos centros de tratamento e renovação dos equipamentos ao longo dos 30 anos de contrato. Nos três primeiros anos esse valor deve chegar a R$530 milhões. Esse suposto pacote de bondades vem com a ocultação do fundamental por parte da imprensa: depois do de investimentos iniciais, os projetos serão “avaliados” e a prefeitura poderá incorporar sugestões para a licitação.
Além da unidade hospitalar, a Maternidade Maria Amélia e o CER Centro também farão parte da concessão. Essa é a primeira PPP de saúde do Rio de Janeiro e pode não parar por aí. A intenção da privatização é progressivamente se fazer valer do poder econômico para controlar a gestão, transferindo o que há de melhor para os ricos, retirando a complexidade como internação, UTI e exames de tomografia.
O prefeito Eduardo Paes (PSD), que setores da esquerda pequeno burguesa carioca apoiam, atua claramente em favor dos capitalistas, incluindo, os mercadores da saúde privada.
É preciso romper com esse ciclo de conciliação com a direita no Rio e mobilizar os trabalhadores e a população contra a privatização da Saúde.